Sábado, Janeiro 11

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) anunciou novas diretrizes que permitem a admissão de homens homossexuais nos seminários católicos, desde que estes se mantenham em celibato.

O celibato, como sublinham os bispos italianos, será o principal classificado de admissão.

“O objectivo da formação para o sacerdócio na esfera afectiva e sexual é a capacidade de acolher a castidade do celibato como um dom, de escolhê-la livremente e de vivê-la de forma responsável”, indica o CEI.

Desde que assumiu o papado, em 2013, Francisco vem moderando a posição da Igreja Católica em relação à comunidade LGBT. Em 2023, por exemplo, autorizou os padres a abençoarem casais não casados ​​e casais do mesmo sexo.

“Quem sou eu para os julgar?”, já tinha questionado Francisco em julho de 2013, referindo-se aos católicos homossexuais e condenando a sua ostracização.

Essa abertura não impediu o Papa, no entanto, de protagonizar alguns incidentes polémicos. Em maio de 2022, Francisco usou duas vezes o termo frociaggina (“bicha”, em italiano) precisamente ao expressar dúvidas sobre a possibilidade de homossexuais frequentarem seminários, entendendo que já havia “demasiados” e que se sentia um “ar” de homossexualidade no Vaticano.

Um mês depois, o Vaticano emitiu uma nota em que explicava que “o Papa nunca teve a intenção de ofender ou de se expressar em termos homofóbicos”, acrescentando um pedido de “desculpa a todos os que se sentiram ofendidos pela utilização de um termo referido por outros”.

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