Quarta-feira, Dezembro 18

Um dia depois do tiroteio numa escola em Madison que vitimou três pessoas, incluindo os atiradores, prossegue a investigação do caso pelas autoridades do estado norte-americano de Wisconsin. A polícia já interrogou amigos e familiares de Natalie Rupnow, uma adolescente de 15 anos que foi autora do crime, enquanto segue o rasto on-line da jovem.

O tiroteio ocorreu na manhã desta segunda-feira, 16 de dezembro, na Abundant Life Christian School, uma escola cristã da cidade de Madison onde estudaram cerca de 400 crianças e jovens do pré-escolar, ensino primário, básico e secundário. A autora do crime, que seria aluna da mesma escola, foi encontrada sem vida no local.

As autoridades norte-americanas estão agora a tentar perceber o que levou um adolescente a disparar uma arma de fogo numa sala de aula e a matar duas pessoas: um professor e um colega, também menor. Também não é claro como teve acesso à arma.

O ataque em Madison é um caso atípico entre centenas de tiroteios registrados este ano em escolas dos Estados Unidos: é muito raro ter uma mulher identificada como responsável por um tiroteio em massa.

Segundo dados relatados pela agência Reuters, apenas cerca de 3% de todos os tiroteios em massa nos EUA são perpetrados por mulheres.

“Identificar um motivo é a nossa principal prioridade, mas, neste momento, parece que resultou de uma combinação de fatores”, afirmou o chefe da polícia de Madison, Shon Barnes, em conferência de imprensa, sem revelar mais detalhes.

A polícia está examinando o celular, o computador e as publicações nas redes sociais de jovens de 15 anos, bem como tentar verificar um alegado manifesto deixado pelos atiradores.

Seis pessoas (cinco estudantes e um professor) ficaram feridas durante o ataque. Dois jovens permaneceram em estado grave.

Sondagens feitas nos Estados Unidos mostram que os investigadores norte-americanos são a favor de um controle mais rigoroso dos antecedentes dos compradores de armas, da imposição de restrições temporárias a pessoas em crise de saúde mental, e de um reforço das exigências de segurança para o armazenamento de armas em residências com crianças.

No entanto, e de uma forma generalizada, os governantes têm-se recusado a agir, invocando a protecção dada pela Constituição norte-americana aos proprietários de armas — mesmo num país em que os danos causados ​​pelas armas de fogo se causaram como principal causa de morte de crianças e jovens.

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