Sábado, Outubro 5

Livro serão publicados a 23 de outubro

São as bodas de prata da série literária mais famosa do mundo. Harry Potter chegou a Portugal há 25 anos e para celebrar a data o artista português Mário Belém ilustrou, a convite da Presença, as capas dos sete livros, que serão publicados a 23 de outubro.

Mário Belém torna-se, assim, no primeiro ilustrador português a conceber a imagem da série completa Harry Potter, tendo tido como “ponto de partida” para este conjunto de capas “uma mala antiga”.

“O ponto de partida para criarmos este conjunto de capas foi imaginar uma mala de viagens antiga, aquelas que tinham um autocolante por cada destino visitado captando diferentes momentos na jornada do Harry (sou apaixonado por esse estilo de ilustração rétro). A partir daí, cada livro foi analisado à lupa, na tentativa de identificar os momentos e símbolos mais importantes, que fossem facilmente reconhecidos para criar estes mosaicos visuais da história de Harry. Das melhores memórias que tenho da minha infância, numa escola inglesa, foi devorar livros sobre mundos fantásticos. Estas histórias transportam leitores para diferentes lugares, e eu quis proporcionar aos leitores do Harry Potter a mesma experiência. São livros que nos levam para um lugar feliz”, descreve o artista citado pela editora.

Ao longo de sete capas, Mário Belém não esqueceu a inspiração da saga, mas confessa que “a capa que funciona melhor é a de ‘O Cálice de Fogo'” e que a “cena refletida nos óculos, a de Harry a mergulhar pelo meio de ruínas”, foi uma das que mais gostou de desenhar.

No entanto, todas as ilustrações tiveram várias versões até à final. “A ilustração que mais versões teve foi a da cena do arco com um véu em ‘A Ordem da Fénix’. Inicialmente, era a cena do julgamento de Harry pelo Wizengamot. Entre tirarmos a multidão, dar mais profundidade à sala, acrescentar o grupo de amigos, mudar a roupa a Harry, voltou para trás umas quantas vezes.”

Mário Belém trabalhou durante vários anos como ilustrador digital e designer gráfico e atualmente trabalha quer em pequenos formatos que desenvolve no atelier, como em murais em grande escala que lhe valeram um lugar de destaque na crescente cena da arte urbana portuguesa.

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