Quinta-feira, Dezembro 19

Atenção, o Sporting vai em duas vitórias consecutivas com o novo treinador. Pode não parecer nada de especial (e não é), mas, para uma equipe que esteve à beira da pior série de derrotas de sua história, não é de desprezar. Depois de superarem o Boavista no último fim de semana, os “leões” triunfaram nesta quarta-feira em Alvalade sobre o Santa Clara por 2-1, após prolongamento, devolvendo a derrota sofrida para o campeonato e garantindo a qualificação para os quartos -de-final da Taça de Portugal, cortesia de Viktor Gyökeres, numa das poucas vezes em que teve espaço.


Há pouco mais de três semanas, o Santa Clara despejou em cima do Sporting um balde de realidade gelada. Os açorianos nunca tinham ganho os “leões” em casa, mas exploraram da melhor maneira uma equipa que ainda não se tinha habituado ao treinador (e vice-versa) – e não foram os únicos, como se viram nos jogos seguintes. Entretanto, João Pereira ganhou um jogo e talvez o Sporting tenha estado mais bem preparado para esta equipa açoriana que, vinda da II Liga, tem feito excelente época. Ou não.

Já sabemos que esta equipa orientada por Vasco Matos, que fez parte da sua formação nos “leões”, é difícil de superar, um colectivo que é mais do que a soma das suas partes, com um processo defensivo muito bem coordenado. O Sporting já tinha batido de frente com a muralha açoriana e voltou a passar pelo mesmo durante quase todo o jogo.


Ainda assim, os “leões” ficaram a dever a si próprios um par de golos na primeira parte. Primeiro, logo aos 7′, num passe vertical de Hjulmand para Gyökeres, mas o sueco deixou-se antecipar por Venâncio e o lance perdeu-se. Mais escandaloso foi o fracasso de Quenda aos 16′, depois de uma grande jogada de Catamo pela direita. O moçambicano recebeu de Debast, passou por Calila e deu rasteiro para o jovem avançado, que atirou ao lado.

Na primeira parte, o Sporting ainda festejou um golo, com um remate de Hjulmand após um canto que bateu no poste e nas costas do guardião Neneca antes de entrar na baliza. O julgado por validar o gol, mas as imagens mostraram que o capitão “leonino” ajustou a bola antes do remate, e a vantagem afastada do marcador. O Santa Clara foi-se mantendo unido na sua defesa e à espera de um erro que o Sporting iria acontecer (é o que tem acontecido nas últimas semanas).

João Pereira levou tempo a mexer na equipe, mas, quando o fez, acertou em cheio. Aos 72′, um dos homens que entrou em campo foi Conrad Harder. E, na primeira vez que tocou na bola, o jovem dinamarquês marcou. Quenda meteu a bola na área, os centrais de Santa Clara hesitaram e Harder voltou a ser o salvador dos “leões”, tocando a bola para o fundo da baliza de Neneca.

O Sporting entrou em modo gestão, o Santa Clara finalmente lançou-se para o ataque e, depois de 90 minutos quase sem atacar, a formação açoriana teve três grandes oportunidades. Aos 92′, Gabriel Silva apareceu isolado ao segundo poste, mas falhou a emenda, aos 97′, o central Guilherme Ramos atirou de longe e Israel defendeu para canto. Aos 98′, Pedro Ferreira desviou para a baliza uma bola bombeada por Ramos e fez o 1-1. Este foi o erro de que o Santa Clara estava à espera, uma falha de lógica na defensiva “leonina”. E o jogo foi para prolongamento.

A intencionalidade da agressão das duas equipes foi trazendo à medida que os minutos estavam passando. João Pereira ainda deu 15 minutos a outro jovem da equipe B, Mauro Couto, mas a parede do Santa Clara não se mexeu. Até aos 113´, quando, talvez motivado pelo excesso de confiança, Venâncio “ofereceu” uma bola a Gyökeres e o sueco agradeceu a prenda de Natal. Ultrapassou Neneca, foi golo e o Sporting, que acabouou a jogar com dez devido à expulsão de St. Juste, iria avançar na taça.


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