Sábado, Outubro 5

Depois da Federação Nacional dos Médicos ter anunciado uma greve geral para os dias 23 e 24 de julho, a ministra da Saúde garante que “há sempre” margem para negociar e que o Governo tem a porta “completamente aberta”.

A ministra da Saúde reagiu este sábado ao anúncio de greve da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) dizendo que “há sempre margem para negociar com as profissões” e que o Governo tem “a porta completamente aberta”.

Ana Paula Martins adiantou que “as reuniões [com os sindicatos dos médicos] decorreram muito bem” e que, por isso, o Governo está “com muita esperança nestas negociações”.

A Fnam anunciou na sexta-feira uma greve geral para 23 e 24 de julho, alegando que o Governo pretendia iniciar as negociações sobre as grelhas salariais apenas em 2025.

O que pede a Fnam?

Entre as reivindicações da Fnam consta a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas e a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na categoria de ingresso na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano e de cinco dias suplementares de férias se gozadas fora da época alta.

Na quarta-feira, o Sindicato Independente do Médicos (SIM) chegou a acordo com o Governo sobre o protocolo negocial, definindo o calendário e as matérias a negociar, que incluem as grelhas salariais, condição prévia para avançar com as negociações.

Questionada sobre a atualidade no setor da saúde, nomeadamente a situação no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a ministra escusou-se a fazer comentários.

“Não vou falar sobre esses temas”, afastou, optando por sublinhar o “reconhecimento aos médicos dentistas”, que “fazem um trabalho muito importante há décadas e décadas, sem haver, de facto, de forma consistente um plano de saúde oral”.

Ana Paula Martins reafirmou o compromisso, que consta do Programa de Governo (PSD/CDS-PP), de estabelecer esse plano 2020-2030 de “uma forma realista e rápida”.

Com LUSA

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