Quarta-feira, Outubro 9

A região da Florida, nos Estados Unidos, está a preparar-se para um dos furacões mais perigosos de sempre. Milhões de pessoas receberam ordem para abandonar as zonas mais afetadas e o autarca local deixou mesmo um aviso dramático às populações: quem não sair, pode morrer.

Os meteorologistas dizem que ainda vai crescer e poderá, mesmo, duplicar de tamanho, o que significa que vai atingir uma área muito maior do que a inicialmente prevista. Para já é um furacão de categoria 5, a mais alta da escala. 

A previsão é de que pode vir a perder força quando atingir a costa da Flórida nas próximas horas, mas, por ser uma tempestade de grandes dimensões, as autoridades dizem que é muito perigosa, e que pode ser mortal, para quem não se proteger.

“Se alguém sabe alguma coisa sobre a Flórida, é que, quando não respeitamos uma ordem de evacuação, podemos muito bem morrer. Já houve aqui muita gente que ficou em casa e acabou por se afogar e, sabe, não vale a pena”, explica um morador local. 

O furacão Milton traz chuvas torrenciais e ventos ciclónicos que vão soprar com rajadas acima dos 260 quilómetros por hora. É esperada a formação de dezenas de tornados.

O temporal vai atingir primeiro a zona de Tampa, mas deve espalhar-se muito depressa a toda a península da Flórida e pode, mesmo, chegar aos Estados vizinhos da Geórgia e Carolina do Sul.

Toda a área está ainda a recuperar da tempestade Helene, que matou mais de 230 pessoas e destruiu milhares de edifícios. As equipas de limpeza tentaram limpar os destroços deixados, mas há ainda toneladas de detritos nas ruas, que podem ser muito perigosos quando o vento aumentar.

As principais estradas têm filas com dezenas de quilómetros e muitas estão bloqueadas pelos milhares de carros com as famílias que estão a fugir e, em muitos locais, já há escassez de combustíveis porque toda a gente quis abastecer os automóveis e geradores.

Foi decretado o estado de alerta máximo, sobretudo por causa do risco de cheias, que vão afetar uma região onde vivem mais de 20 milhões de pessoas.

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