Quinta-feira, Setembro 19

Proteção Civil alerta que o pior pode ainda estar para vir. Por isso mesmo foi estendido o alerta até ao final de quinta-feira

Fogos que andam 600 a 700 metros por hora com condições meteorológicas que fazem com que qualquer ignição possa resultar num grande incêndio.

É desta forma que o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil descreve a atual situação em Portugal, com dezenas e dezenas de incêndios, sobretudo no Centro e no Norte do país.

Uma situação que era grave no fim de semana – houve um bombeiro que morreu no domingo – mas que se alastrou com proporções que não se previam para esta segunda-feira, provocando já a morte a dois civis no distrito de Aveiro.

André Fernandes explicou que é ali que a situação está mais complicada, nomeadamente nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, o primeiro já na Área Metropolitana de Lisboa, o segundo aquele que viu serem registados mais danos, incluindo humanos.

Desviando o olhar das graves situações em Gondomar, Baião ou Nelas, o comandante da Proteção Civil confirmou que já arderam 10 mil hectares no distrito de Aveiro, naquilo que pode ser apenas o início de um cenário mais trágico, já que as autoridades admitem que esse número triplique para 30 mil.

Quanto a vítimas, André Fernandes confirmou que existem 21, entre as quais três mortos e dois feridos graves. Os mortos, esses, além do bombeiro da corporação de São Mamede de Infesta, são dois civis. Um deles não conseguiu fugir da empresa onde trabalhava e foi apanhado pelas chamas, tendo sido mais tarde encontrado carbonizado. O outro é um homem que teve um ataque cardíaco e entrou numa paragem cardiorrespiratória que não foi possível reverter.

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