Segunda-feira, Outubro 7

Abdul Nasser é médico e está a assistir à quarta guerra no Líbano, do Sudão chegam testemunhos do terror vivido na capital, e na Colômbia, o Rio Amazonas, mais parece um deserto. Estas são algumas das propostas do Repórteres do Mundo.

Médicos do Líbano temem ataques a hospitais

Abdul Nasser tem medo, mas, como os soldados não abandonam a batalha, também não abandona o hospital.

Abdul Nasser é médico e esta é a quarta guerra a que assiste no Líbano. Aos jornalistas, mostra a amputação de uma perna sem anestesia, imagens demasiado fortes para serem exibidas numa reportagem.

Metade dos médicos abandonaram o hospital onde Nasser é cirurgião. Os que ficaram não vão a casa há muitos dias para tratarem de feridos como Mariam, uma menina de 9 anos que viu a casa cair-lhe em cima.

Mulheres de armas na Ucrânia

Abater os drones russos é a missão de Mala e Kalypso. As ucranianas são duas das voluntárias de uma unidade que só tem um homem.

Qualquer ucraniano teme os perigosos drones que trazem morte e destruição. Muitos já perderam a vida. “Conhecemos pessoas que já perderam um pai ou um marido ou um filho recém-nascido que perdeu o pai. Por isso, é ainda mais motivador abater os drones”.

Depois de mais de dois anos e meio de guerra, faltam armas e soldados na Ucrânia, mas desistir da batalha contra a Rússia não é uma hipótese.

“Fechei a minha filha de 12 anos na casa de banho para que não fosse violada”

Faiza diz que sobreviveu ao Inferno e emociona-se com a chegada de jornalistas a Cartum. A capital do Sudão esteve 18 meses nas mãos das RSF, um grupo paramilitar que roubou, violou e matou milhares de pessoas sem meios para fugir.

Agora, a capital foi recuperada pelas forças do Governo. A vitória é celebrada no meio das ruínas e ao som de tiros, porque a frente desta guerra continua demasiado perto.

O rio com mais caudal do mundo parece um deserto

Na Colômbia, o Rio Amazonas perdeu 80% do caudal. É a seca mais grave de sempre na região. Há populações sem acesso a água e muitos pescadores sem meios de subsistência.

A paisagem no Amazonas parece de outro mundo. O rio com mais caudal parece um deserto e enfrenta uma seca sem precedentes. Mais de três mil pessoas na região foram afetadas por esta crise ambiental.

Os pescadores tentam apanhar peixe e muitas vezes voltam com os barcos vazios, o que fez aumentar o preço do peixe.

“Estamos a rezar para chover, mas parece que não chove”. A falta de água está a afetar também as colheitas e tem havido casos de intoxicação por causa da água dos poços e de morte de golfinhos devido à seca.

A situação é crítica e o Governo procura agora formas de explorar fontes de água subterrâneas.

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