Sexta-feira, Outubro 18

“Só hoje é que nos disseram que daqui a 30 dias darão uma informação organizada. Eles nos prometem pagar, não se sabe quando, mas dizem que só dentro de 30 dias nos vão comunicar alguma coisa”, disse à Lusa o chefe da comissão conjunta de empresas extintas agropecuárias e florestais da província de Manica, José Castigo.

 

Em causa estão as reivindicações de cerca de 2.700 antigos trabalhadores de extintas empresas estatais de agropecuária e florestais de Manica, que submeteram um caderno reivindicativo à direção provincial de Agricultura e Pesca exigindo indemnizações, pagamento de seis meses de salários em atraso e pagamento de aviso prévio para cessação de contratos.

“Vimos que ficar em casa não estava a resultar e que era necessário fazer alguma exigência para conseguirmos uma saída para este assunto definitivamente”, insistiu, repetidamente, o chefe da comissão conjunta de empresas extintas.

Segundo José Castigo, tudo começou em 1990, quando o Governo moçambicano vendeu as 28 empresas agropecuárias e florestais a privados, não tendo, na altura, indemnizado os antigos trabalhadores e nem assegurado a sua continuidade nas entidades em referência.

O chefe da comissão disse à Lusa que, desde aquele ano, os trabalhadores têm procurado formas de dialogar com o executivo e instituições do Estado moçambicano, através da direção provincial de Agricultura e Pesca, direção das Finanças e da Secretaria de Estado daquele ponto do país.

“Eles sempre nos mandaram esperar, mas nunca havia soluções”, disse José Castigo, acrescentando que, depois de quarta-feira, o coletivo voltou hoje à rua para “exigir os seus direitos”.

“Submetemos o caderno reivindicativo na direção provincial da agricultura, mas só hoje, depois da manifestação, é que vieram dizer que já contactaram o Instituto de Gestão das Participações do Estado (Igepe), que lhes garantiu que vai nos contactar”, afirmou o chefe da comissão conjunta de empresas extintas, também lesado no processo.

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