Sexta-feira, Outubro 25

Mário Pinto garante que nunca tratou o tema das gémeas que receberam tratamento no Hospital Santa Maria, durante qualquer reunião com o antigo secretário de Estado, que sugerira que os dois tinham abordado o assunto.

Mário Pinto, ex-assessor do Presidente da República, assegura que nunca interveio no caso das gémeas tratadas no Hospital Santa Maria e que nunca lhe foi pedido nada. A garantia foi dada, esta sexta-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao caso.

O antigo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, envolvera Mário Pinto no caso, tendo sugerido que os dois estiveram reunidos a 6 de novembro de 2019 para falar sobre o tema.

Mário Pinto nega que tenha tido encontros com Lacerda Sales a propósito do caso das gémeas e acusa-o de mentir.

“Nego isso redondamente. Ele sabe que não falámos disso, porque eu não sabia, não conhecia [o caso]. Temos uma relação estreita e não foi bonito ter dito isso”, afirmou, defendendo que Lacerda Sales “sobre este assunto não disse a verdade”.

Mário Pinto reiterou que só teve conhecimento do caso das gémeas quando foi divulgado pela comunicação social e que também nunca falou sobre o tema com Marcelo Rebelo de Sousa nem com o filho.

O ex-assessor do Chefe de Estado admite apenas ter marcado uma consulta para uma ex-funcionária da Presidência da República relacionada com uma doença oncológica.

Belém é “local com muitos segredos”

O antigo assessor afirmou que as reuniões com o ex-secretário de Estado da Saúde “não eram frequentes” e que era o Governo quem tomava a iniciativa de marcá-las.

Sobre as suas funções no Palácio de Belém, Mário Pinto indicou que “fazia a ligação com a área de saúde do Governo”, e que se reunia “de dois em dois meses” com António Lacerda Sales para abordar “estratégias de saúde” e não dossiês individuais.

O ex-consultor considerou que a Presidência da República é “um local com muitos segredos”, o que considerou “normal”, pois “o que se fazia lá não era para divulgar”.

Em relação à sua saída em 2021 da Presidência da República, Mário Pinto indicou que não teve explicação, referindo que a Casa Civil “estava à procura de uma pessoa com outro perfil”.

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