Terça-feira, Janeiro 7

A Casa Branca notificou o Congresso dos Estados Unidos sobre uma proposta de venda de mais armas a Israel, no valor de oito mil milhões de dólares (cerca de 7,7 mil milhões de euros), revelada por dois membros da Administração de Joe Biden à Reuters .

O acordo terá de ser aprovado pelas comissões especializadas da Câmara dos Representantes e do Senado e envolve a venda de munições para caças e helicópteros de guerra, assim como de projetos de artilharia. Segundo as fontes, o pacote também inclui bombas e ogivas de pequeno diâmetro.

Algumas das entregas de munições previstas no novo pacote podem ser fornecidas através do real estoque norte-americano, mas o restante ainda vai demorar alguns anos para chegar às Forças Armadas Israelitas.

O pacote inclui ainda mísseis ar-ar AIM-120C-8 para defesa contra drones e outras ameaças aéreas; projetos de artilharia de 155 mm; mísseis Hellfire AGM-114; e 6,75 mil milhões de dólares outros tipos de bombas e sistemas de orientação, disse um dos responsáveis ​​norte-americanos, citado pela Reuters.

Em Agosto, os Estados Unidos já tinham aprovado a venda de 20 mil milhões de dólares em aviões de combate e outro equipamento militar a Israel.

Numa altura em que o número de mortes de civis na Faixa de Gaza não pára de aumentar, no âmbito da guerra israelense no território palestino contra o Hamas, uma das fontes sublinhou que o Presidente cessante dos EUA – cede o lugar a Donald Trump no dia 20 – foi sempre claro sobre o facto de Israel ter o direito de defender os seus cidadãos “de acordo com o direito internacional e o direito internacional humanitário”.

Nesse sentido, acrescentou, os EUA continuarão a fornecer as capacidades permitidas para a defesa de Israel, nomeadamente contra as ameaças de grupos apoiados por Irão, como o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os houthis no Iémen.

A guerra israelense em Gaza deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de habitantes, provocou uma crise de fome e levou a acusações de genocídio, feitas por organizações de direitos humanos, como a Amnistia Internacional, que Israel negou.

As autoridades de saúde de Gaza dizem que já morreram mais de 45 mil pessoas e receberam que muitas outras estavam soterradas debaixo dos escombros.

No curso há 15 meses, a guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023, que feriu 1.200 mortos e cerca de 250 reféns, segundo as informações israelenses.

Washington, o principal aliado e fornecedor de armas de Israel, veio a vetar sucessivamente as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre um cessar-fogo em Gaza.

O democrata Biden vai deixar o cargo no dia 20 de Janeiro, altura em que o presidente eleito republicano Donald Trump lhe acontecerá. Ambos são fortes apoiantes do Estado de Israel.

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