Domingo, Outubro 6

Manipulação genética ajuda as células estaminais cerebrais a produzirem novos neurónios, uma esperança para a perda de memória e o agravamento de doenças como Alzheimer e Parkinson.

Manipulações genéticas específicas podem reativar a produção de neurónios, o que abre novas possibilidades para tratar condições neurológicas relacionadas com o envelhecimento, como Alzheimer e Parkinson, revela um novo estudo.

Investigadores da Stanford Medicine identificaram genes que podem ser manipulados para reativar a produção de novos neurónios em cérebros envelhecidos, abrindo caminho para potenciais tratamentos de doenças degenerativas como Alzheimere Parkinson. A descoberta foi publicada na Nature a 2 de outubro.

Capacidade de gerar novos neurónios diminui com a idade

A maioria dos neurónios do cérebro humano dura toda a vida. Informações e recordações são preservadas nas complexas relações estruturais entre as suas sinapses. Perder os neurónios seria perder essa informação crítica – ou seja, esquecer.

O cérebro adulto continua a produzir alguns novos neurónios através das chamadas células estaminais neurais. À medida que envelhecemos, a capacidade de gerar esses novos neurónios diminui, o que pode ter consequências graves, como a perda de memória e o agravamento de doenças como Alzheimer e Parkinson.

A equipa liderada pela professora de genética Anne Brunet da Stanford Medicine revelou novos caminhos genéticos que podem reverter este processo. A equipa utilizou a tecnologia CRISPRpara identificar genes que, quando eliminados, estimulam a produção de novos neurónios em cérebros envelhecidos.

Um dos genes identificados, o GLUT4, que transporta glicose, mostrou-se fundamental neste processo, sugerindo que níveis elevados de glicose podem inibir a atividade das células estaminais neurais em cérebros mais velhos.

Ao remover este gene em ratos idosos, os cientistas observaram um aumento significativo na produção de novos neurónios.

A descoberta abre novas possibilidades terapêuticas, como o desenvolvimento de medicamentos ou intervenções comportamentais, como dietas com baixo teor de hidratos de carbono, que possam regular a glicose e estimular a neurogénese.

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