Segunda-feira, Setembro 23

O líder do Chega considera que as acusações públicas por causa das reuniões entre o Governo e o líder da oposição poderiam ter sido evitadas, se o Executivo tivesse decidido há meses com quem queria negociar.

André Ventura afirmas que as hesitações sobre um encontro para falar do Orçamento do Estado para 2025 são um espetáculo deprimente. O presidente do Chega considera que o Governo está a “correr atrás do prejuízo” com o adiamento das negociações. 

“Passou junho, passou julho, passou agosto. O Governo nunca quis nenhum Orçamento e agora é que se lembrou que talvez o PS possa viabilizar o Orçamento. E o PS também se lembrou que, se calhar, não é bom para ele viabilizar o Orçamento. É um espetáculo deprimente”, declarou André Ventura, esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, na sede do Chega, em Lisboa. 

André Ventura afirma que a situação “podia ter sido evitada”, se o Governo tivesse falado com o Chega. 

“Isto, em março, devia ter sido evitado. E este é que foi o grande erro”, frisa. “Agora o Governo está a correr atrás do prejuízo.” 

Quanto à realização de novas eleições, André Ventura afirma que só caberia ao Chega evitá-las se votasse a favor do Orçamento do Estado, indo contra aquilo que defende. 

O Chega só poderia evitar eleições, dizendo que, mesmo contra tudo aquilo em que acredita, mesmo tendo sido espezinhado completamente, vai votar a favor, alegou. “Enquanto o Partido Socialista basta que se abstenha, no Orçamento do Estado, o Chega tem de votar a favor, sustentou. 

Depois de ter já anunciado que não viabilizaria o Orçamento do Estado para 2025 – uma decisão que Ventura classificou como “irrevogável” -, o Chega admitiu viabilizar o documento, caso o Executivo de Luís Montenegro decidisse negociar com ele, em vez de com o PS.  

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o líder do PS, Pedro Nuno Santos, têm uma reunião marcada para esta sexta-feira, para discutir o Orçamento do Estado.

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