Segunda-feira, Outubro 7

A sonda descolou a bordo de um foguetão Falcon 9, da empresa SpaceX, da base de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.

 

A missão Hera, a primeira da ESA de defesa planetária, vai estudar em detalhe o asteroide Dimorphos, cuja órbita foi alterada em 2022 pelo impacto de uma sonda lançada pela agência espacial norte-americana (NASA), no âmbito da missão DART.

Dimorphos, satélite natural do asteroide Didymos, foi o primeiro corpo do Sistema Solar cuja órbita foi alterada pela atividade humana.

A sonda Hera pretende com os seus instrumentos, 12 ao todo, reunir dados sobre Dimorphos que comprovem que a mudança de direção da trajetória de um corpo como um asteroide é uma técnica de defesa planetária fiável.

O engenho vai igualmente estudar as propriedades dos dois asteroides e colocar na órbita de Dimorphos dois pequenos satélites, que farão observações da sua superfície e pesquisas por radar, as primeiras a um asteroide.

O asteroide que a missão Hera se propõe estudar é considerado um “protótipo” dos milhares de asteroides que poderão representar um risco de colisão para a Terra.

Nesta missão, as empresas portuguesas Tekever, GMV, FHP e Efacec estiveram envolvidas no desenvolvimento de vários componentes tecnológicos e operacionais, como um instrumento com tecnologia ‘laser’ capaz de medir distâncias até 20 quilómetros, o isolamento térmico e o sistema de orientação, navegação e controlo da sonda e um sistema inovador de comunicação entre satélites, segundo informação da Agência Espacial Portuguesa.

Espera-se que a sonda Hera chegue ao seu destino final, a mais de 177 quilómetros da Terra, em dezembro de 2026, depois de passar por Marte em março de 2025.

Dimorphos, que tem 160 metros de diâmetro, orbita Didymos, corpo rochoso maior, com 780 metros de diâmetro.

Portugal, enquanto Estado-membro da ESA, decidiu em 2019 contribuir com 2,8 milhões de euros para o envelope financeiro da missão, que custou 363 milhões de euros.

[Notícia atualizada às 17h11]

 

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