Domingo, Outubro 6

João Galamba é arguido no âmbito da ‘Operação Influencer’, que investiga negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines

 A procuradora-geral da República (PGR) afirmou esta segunda-feira que “não é desejável nem comum” que escutas telefónicas se prolonguem durante quatro anos, mas se isso aconteceu com o ex-ministro João Galamba foi porque se considerou relevante continuar a escutá-lo.

Em entrevista à RTP, questionada sobre as escutas telefónicas ao ex-ministro socialista João Galamba, que se terão prolongado por quatro anos no âmbito da ‘Operação Influencer’, Lucília Gago disse que tal “não é desejável nem é comum”, mas defendeu que se foi decidido manter as escutas foi porque no seu decurso “se foram conhecendo elementos”.

“Ter-se enveredado pela continuação [das escutas] apenas significa que no seu decurso se entendeu que era muito relevante continuar a escutá-lo”, disse a PGR, sublinhando que o prolongamento foi “sujeito, a espaços, a autorização” judicial.

João Galamba é arguido no âmbito da ‘Operação Influencer’, que investiga negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines.

O caso tem nove arguidos constituídos e levou à detenção de cinco pessoas em 07 de novembro: o então chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa, que no final do interrogatório judicial foram colocados em liberdade.

Para o MP, podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

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