Sexta-feira, Outubro 11

O imposto sobre o lucro das empresas, o IRC, cai de 21% para 20%. Os empresários dizem ser insuficiente e não dar garantias de futuro. Estão preocupados com a incerteza quanto à aprovação do documento.

O ritmo de trabalho não abranda nesta empresa de Leça do Balio. Com mais duas unidades fabris e cerca de 300 funcionários, teve um crescimento na faturação de mais de 20% no último ano. 

E numa altura em que ainda se está a alinhavar o Orçamento do Estado (OE), o dono da têxtil considera que o alívio fiscal proposto fica aquém das expectativas 

“Querem beneficiar as empresas e, por exemplo, promover a vinda de capital estrangeira, então é preferível atuar na derrama estadual, agora em termos das empresas reduzir um ponto percentual de facto não é nada , não tem impacto no aumento do rendimento dos trabalhadores, nem do investimento”, explica José Guimarães, empresário 

A proposta é que a taxa do IRC baixe de 21% para 20% no próximo ano, uma descida de 1% também aplicada às pequenas e médias empresas, cuja taxa cai de 17% para 16% neste imposto que incide sobre o lucro empresarial. 

Uma redução muito curta para esta empresa de construção em Baião, que é o segundo maior empregador do concelho, com 140 trabalhadores. 

“Os bons empresários querem pagar mais, e só temos hipótese de pagar mais com a diminuição de impostos. Esta baixa de IRC é muito pouco para aquilo que nós pretendíamos para poder pagar melhores salários”, diz Paulo Portela, empresário 

Apesar de considerarem o documento insuficiente, os empresários esperam que seja aprovado para bem da economia. A Associação Empresarial de Portugal, que representa mais de 1200 associados, diz que o OE é pouco ambicioso. 

“Vemos o partido entretido, os políticos entretidos a discutirem um ou dois temas quando devíamos estar a pensar de forma mais estratégica em termos de grandes medidas”, afirma  Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal 

Toda a indústria está de acordo, a Confederação Empresarial de Portugal diz que o OE está longe ser capaz de mudar o perfil da economia portuguesa.

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