Sábado, Novembro 2

Nenhum dos candidatos se tem descolado nas sondagens. Perante previsões tão próximas, quem decide o voto nos últimos dias pode ter um papel determinante. É essa tendência que o jornalista da SIC André Palma e o comentador João Maria Jonet analisaram.

A menos de uma semana das eleições nos Estados Unidos, as sondagens colocam Donald Trump e Kamala Harris muito próximos e isso significa que continua tudo em aberto até à próxima terça-feira.

O comentador SIC João Maria Jonet recordou que, em 2020, 73% das pessoas já tinham decidido o voto ainda antes da campanha começar e a realidade deste ano é que “há muita polarização e pessoas muito decididas”.

“O erro em 2020 foi tremendo e prejudicou imenso Donald Trump no resultado final”, começou por explicar o comentador ao referir-se ao erro de não terem conseguido captar o eleitorado de Trump, tendo acabado por prejudicar consideravelmente o resultado final do ex-presidente dos EUA.

Já em em 2024, se assistíssemos ao mesmo erro das sondagens que houve em 2020, Donald Trump ganharia todos os estados decisivos e venceria a eleição “com muita facilidade”, mas é muito improvável, sublinhou João Maria Jonet.

“Se olharmos para 2012, Barack Obama foi muito prejudicado pelas sondagens, e se Kamala Harris beneficiasse de um erro semelhante ao de Obama, limparia esta eleição e ganharia praticamente todos os estados decisivos, menos o Arizona”, acrescentou.

A credibilidade das sondagens

Para João Maria Jonet, as sondagens estão com um problema de “credibilidade”, dificultando, por isso, os próprios orçamentos das empresas de sondagens, considerou.

“As sondagens estão com um comportamento de manada, aproximando-se muito dos mesmos resultados. É muito improvável que todas deem o mesmo resultado, mas quase todas estão a indicar empate. Isso pode significar que as sondagens estão a ajustar os seus números para se alinharem com as outras, evitando arriscar serem desacreditadas como nas últimas eleições”, destacou o comentador SIC.

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