Terça-feira, Outubro 8

Em causa um comunicado de 21 de setembro publicado na página do PSD Gaia, na rede social Facebook, e assinado por Rui Rocha Pereira, em que reage ao conteúdo da revista do município na parte em que está escrito que o relatório e contas de 2023 “foi aprovado por unanimidade”, quando, na realidade, foi aprovado com os votos contra da oposição social-democrata.

 

Na resposta, os social-democratas de Gaia não só criticam a “forma habilmente construída e contabilisticamente criativa com que o PS tem encarado a governança municipal” como falam de um final de mandato “completamente atabalhoado, ensombrado pela alegada prática de crimes, assolado por visitas da Polícia Judiciária”.

O texto termina com a lembrança de que “o ex-vice-presidente [Patrocínio Azevedo] está preso”, que o “presidente da câmara já condenado em primeira instância com perda de mandato” é, também, “arguido em outros processos judiciais”.

Na resposta, Eduardo Vítor Rodrigues reconheceu o “incómodo” pelo erro na publicação, criticando logo depois o presidente da concelhia pelo “comunicado caceteiro” a quem disse “não tolerar” referências a “crimes e a criminosos” e que, caso repita a comunicação, “terão um debate não na reunião da câmara, mas no local próprio”.

“Fica o formal pedido de desculpas ao vereador [a quem elogiou pela forma correta como colocou o assunto na reunião de hoje] e o repúdio ao presidente da concelhia do PSD/Gaia”, disse ainda Eduardo Vítor Rodrigues.

Rui Pedro Rocha pediu também esclarecimentos sobre a deliberação de 22 de julho de 2024, em que por unanimidade foi aprovada a isenção total de taxas municipais às obras de recuperação das instalações da empresa DAT-Schaub Portugal, perguntando se, após se ter ficado a saber que tenciona despedir 125 dos mais de 400 trabalhadores, a câmara tenciona manter a isenção.

A 06 de julho, um incêndio de grandes dimensões consumiu parte das instalações, fábrica de tripas localizada em Arcozelo.

O presidente da câmara respondeu com uma pergunta ao vereador, questionando-o se “acha que uma isenção de taxas entre 200 e 300 mil euros vai salvar postos de trabalho?”.

“Da empresa não soubemos nada [sobre a intenção de despedir trabalhadores], acrescentou o líder da autarquia, sublinhando que, se o assunto “não foi levado a reunião de câmara para conhecimento, é porque não houve pedido de isenção de taxas”.

Na reunião de hoje foi ainda aprovado, com um voto contra do PSD e a retirada do outro vereador social-democrata, contrair um empréstimo de médio e longo prazo, até ao valor de 11.850 milhões de euros, para financiamento de investimentos.

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