Terça-feira, Setembro 17

“Espera-se que Timor-Leste mantenha a sua trajetória de recuperação, com a projeção de um crescimento do Produto Interno Bruto próximo dos 3% em 2024, acelerando para uma média de 3,7% para o período 2024-2026″, refere-se no relatório semestral das perspetivas económicas da instituição.

 

Os dados indicam que até maio de 2024 tenha sido executado cerca de 25% do Orçamento de Estado e 6% do orçamento de Capital e Desenvolvimento.

“São necessárias taxas de execução substancialmente mais elevadas para alcançar níveis mais elevados de crescimento económico”, pode ler-se no relatório.

Segundo a organização, o crescimento vai continuar dependente da despesa pública e o défice orçamental deverá permanecer elevado, situando-se a “44% do PIB a médio prazo”.

“Sem medidas significativas geradoras de receitas, prevê-se que o défice continue a aumentar, o que obriga à continuação dos levantamentos do Fundo Petrolífero”, lê-se no documento.

O Banco Mundial destaca uma “estagnação na produtividade”, especialmente nos setores do PIB não petrolíferos, associado a “progressos lentos na diversificação da economia”.

Em relação à inflação, a organização salienta que apesar do fortalecimento do dólar e do alívio das pressões inflacionistas, o preço dos produtos alimentares continua elevado.

Nos primeiros quatro meses do ano foi registada uma inflação de 4,7% contra os 11,9% registados durante o mesmo período em 2023.

O Fundo Petrolífero manteve-se estável com 18,45 mil milhões de dólares (cerca de 16,54 mil milhões de euros), em março deste ano, registando um modesto aumento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Este crescimento foi impulsionado pelos preços do petróleo e do gás, pelo pagamento de receitas referentes a 2023 e pela redução dos levantamentos devido à baixa execução orçamental no contexto da transição política”, salienta o Banco Mundial.

Para o Banco Mundial, o setor privado continua pouco desenvolvido e “contribuiu modestamente para a criação de emprego e para o dinamismo económico” e os “desafios do mercado de trabalho persistem”, com aumento do desemprego – cerca de 30% da população não trabalha, nem estuda – e a diminuição de salários, “especialmente entre os trabalhadores com níveis de educação mais elevados”.

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