Com a concessão de honras de Panteão a Eça de Queirós aconteceram-se os encómios ao escritor, sublinhando a atualidade do seu olhar sobre o país. Encómios, é certo, também ao virtuosismo estilístico que formou um consenso tal que escrever bem em português se passou a confundir com “escrever como o Eça”; à sua ironia fina, que oferece um segundo sentido a cada um dos seus parágrafos; e à capacidade de construir personagens inolvidáveis que sejam, ao mesmo tempo, tipos sociais singulares. Mas, invariavelmente, encómios ao Eça que, escrevendo no século XIX, continuaria a retratar a sociedade portuguesa de hoje.
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