Segunda-feira, Outubro 28

No Global deste domingo, o comentador debruça-se sobre os acontecimentos que marcaram a semana após a morte de um cidadão cabo-verdiano, na Cova da Moura, às mãos de um agente da PSP.

Paulo Portas critica a posição “da extrema-direita e da extrema-esquerda” ao longo da última semana, face aos tumultos em vários bairros de Lisboa na sequência da morte de Odair Moniz.

No seu habitual espaço de comentário, transmitido aos domingos no Jornal Nacional, manifesta-se indignado com as declarações de Pedro Pinto e André Ventura, que descreve como apelos “a mais violência e mais mortos”. “Dá a sensação de que eles querem mais conflitos, mais violência, mais sangue, mais mortos, porque isso lhes dá votos”, observa. “Faz-me muita impressão que seja possível uma pessoa, que é deputada, prevalecer-se de uma posição importante para dizer qualquer coisa como ‘deviam era ter matado mais’ “.

Também o discurso dos partidos de esquerda é desaprovado pelo comentador, que os acusa de “fazerem de conta que não há gangues, que não há bandos, que não há 30 carro e autocarros incendiados, que não há 23 detidos”. “O Estado não pode deixar privatizar a violência e, em certos territórios em Portugal, há bandos e há gangues que querem apropriar-se da coação. Isso não é aceitável”, afirma.

Serve-se ainda do exemplo da intervenção de um dirigente do Bloco de Esquerda, cujo nome não refere, sobre a necessidade de “repensar a continuidade da PSP”, ao que Paulo Portas responde imediatamente: “Como? E se eu for roubado ou agredido chamo quem? O Batman? O Super-homem?”.

“Se eu não houver polícia com protocolos dignos nesses bairros, os principais prejudicados são os mais frágeis, porque sentem que a sua segurança foi capturada por bandos ou por gangues, muitas vezes em conflito entre si”, remata.

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