Quinta-feira, Outubro 10

1 – Latinos jovens e classe trabalhadora

Não está fácil o caminho de Kamala Harris para a Casa Branca. Ainda é possível, mas parece ser um pouco menos provável que há um ou dois meses.

A candidata democrata está a perder fôlego em dois dos três estados da Rust Belt (Wisconsin e Michigan), sem os quais dificilmente conseguirá derrotar Trump, que mantém pequena, mas consistente vantagem na Sun Bult.

Porque ambas as coisas estão a acontecer?

Duas possíveis explicações: o problema da campanha Harris em agarrar a classe trabalhadora no Michigan e a perda de votos nos homens latinos jovens.

“A classe trabalhadora de Michigan não se deixa enganar pelas palavras de Kamala Harris. As suas políticas, como o radical Green New Deal, são anti-trabalhadores”, disse Victoria LaCivita, diretora de comunicações da equipe Trump Michigan, à Fox News Digital.

“O seu ataque à energia americana tornou o custo de vida inacessível e o seu plano de proibir os carros movidos a gasolina dizimará a espinha dorsal da nossa economia.”

Trump e JD Vance têm feito várias aparições no Michigan, estado onde ambos mais vezes estiveram nas últimas três semanas.

Já quanto à desvantagem de Kamala para Trump na Sun Belt, vejamos estes dados:

Kamala está a perder o apoio entre os jovens latinos, embora continue a liderar nos eleitores hispânicos no Arizona e Nevada – dois estados-chave que ajudarão a definir as eleições. Um em cada quatro eleitores no Arizona e um em cada cinco em Nevada são latinos.

Estudo USA TODAY/Suffolk aponta: mais de metade – 57% – dos eleitores latinos no Arizona disseram que planeiam votar ou inclinar-se para Harris, enquanto 38% disseram que inclinam-se para Trump.

Harris também lidera Trump entre os eleitores latinos no Nevada, 56% a 40%. Mas agrava-se a disparidade de género entre os apoiantes dos dois candidatos – com Trump a ver mais apoio entre os jovens latinos com menos de 50 anos e Harris a encontrar mais apoio por parte das mulheres.

No Arizona, 51% dos homens latinos entre 18 e 34 anos disseram apoiar Trump, enquanto 39% dos homens latinos com idades entre 18 e 34 anos apoiam Harris. Entre os homens latinos com idades entre 35 e 49 anos no Arizona, 57% disseram que apoiam Trump, em comparação com 37% que apoiam Harris.

A repartição foi semelhante no Nevada, com 53% dos homens latinos com idades entre os 18 e os 34 anos a apoiarem Trump e 40% a apoiarem Harris.

Esses números foram quase idênticos para homens latinos com idades entre 35 e 49 anos: 53% para Trump e 39% para Harris. Já as mulheres latinas preferem Harris a Trump em todos os segmentos etários. 62% das latinas com idades entre 18 e 24 anos disseram apoiar Harris, em comparação com 33% que disseram apoiar Trump.

2 – Inflação no ponto mais baixo dos últimos três anos

Depois dos dados da criação de 254 mil novos postos de trabalho em setembro (104 mil acima do previsto), a estatística da inflação confirma o bom momento económico nos EUA: a taxa de inflação continuou a arrefecer em setembro para o nível mais baixo em três anos.

Os economistas previram que a inflação desaceleraria para 2,3% numa base anual. Ainda assim, a tendência de descida continua a registar-se.

Os chamados preços básicos, que excluem medições mais voláteis da gasolina e dos alimentos para melhor avaliar as tendências de crescimento dos preços, subiram 0,3% numa base mensal e 3,3% em comparação com o ano anterior – ligeiramente acima das expectativas dos economistas de 0,2% e 3,2. %, respetivamente.

UMA INTERROGAÇÃO: Será que a baixa da inflação terá efeitos na reta final da corrida eleitoral?

Estados decisivos:

PENSILVÂNIA — Kamala 49 / Trump 49 (Quinnipiac, 3 a 7 outubro)

MICHIGAN — Trump 51 / Kamala 47 (Quinnipiac, 3 a 7 outubro)

WISCONSIN — Trump 49 / Kamala 47 (Quinnipiac, 3 a 7 outubro)

VOTO POPULAR: Kamala 49 / Trump 46 (I&I/TIPP, 2 a 4 outubro)

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