Terça-feira, Janeiro 14

Segundo fonte da Agência Meteorológica Portuguesa. Ambiente (APA), Braga foi o ponto do país onde “choveu mais”, com 65,5 milímetros, valor que está, no entanto, “muito abaixo da média”, enquanto o valor de precipitação mais baixo foi registado em Portimão, no distrito de Faro, com 1,7 milímetros.

“A precipitação acumulada desde 1 de outubro de 2024, 231,7 milímetros, corresponde a 64% do valor normal 1981-2010”, apontou fonte do órgão responsável pela proteção ambiental em Portugal, sublinhando que a seca meteorológica “aumentou em todo o sul do país”. região”, com particular destaque para o litoral (Alentejo e barlavento algarvio), mas também em “alguns distritos da região Centro”, como Lisboa, Santarém e Setúbal.

Os registos mostram também que, no final de Dezembro, 55% do continente estava numa seca meteorológica “fraca e moderada” e que, na última década, tem havido cada vez menos chuva no último mês do ano, um tendência que só não ocorreu em 2022 e que está a ser acompanhada por um aumento da temperatura, alertou.

Quanto às reservas de água nas albufeiras, os dados da APA indicam que estão em 71% da capacidade total, valor que representa “uma ligeira redução em relação aos 74% registados no mesmo período” de 2023.

As bacias dos rios Sado – Monte da Rocha (11%) e Campilhas (20%) – e Arade – Bravura (13%) e Arade (16%) – são as que tiveram barragens em “estado crítico” em Dezembro, ou que ou seja, com capacidade igual ou inferior a 20%.

Situações algarvias

No Algarve, uma das regiões do país onde os efeitos da seca mais se fizeram sentir e onde já foram aplicadas restrições ao consumo de água, as seis principais albufeiras “acumulam 151 hectómetros cúbicos de água armazenada, o que corresponde a 34% da da capacidade total”, valor que, ainda assim, reflete um “aumento de 39 hectómetros cúbicos em relação ao período homólogo”.

“Apesar deste aumento, o barlavento [west] e a bacia do Arade continuam em seca hidrológica extrema”, alertou fonte da APA, esclarecendo que o sotavento está “em seca hidrológica severa”.

Com mais 39 hectómetros cúbicos armazenados em barragens em dezembro, face ao mesmo mês de 2023, o Algarve está numa situação “melhor” e tem “reservas de água para um ano de consumo urbano”, caso não haja mais chuva por lá, garantiu fonte da APA.

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