Quarta-feira, Outubro 30

Esquemas de ‘phishing’ direcionados aos eleitores, domínios maliciosos que se fazem passar por candidatos e outras ameaças destinadas a explorar vítimas desprevenidas estão a ganhar destaque à medida que se aproxima o ato eleitoral, revela o ‘Relatório de Inteligência de Ameaças dos Laboratórios Fortiguard: Atores de Ameaça focados nas Eleições Presidenciais dos EUA de 2024’, da Fortinet.

 

Este documento analisa as ameaças relacionadas com entidades nos EUA e o processo eleitoral.

Entre as várias conclusões incluem-se esquemas de ‘phishing’ dirigidos aos eleitores em vésperas das eleições presidenciais, com os “atores de ameaça” a vender ‘kits’ de ‘phishing’ acessíveis na ‘darknet’, desenvolvidos para visar eleitores e possíveis doadores, fazendo-se passar pelos próprios candidatos presidenciais e as suas campanhas, e o aumento dos registos de domínios maliciosos.

De acordo com os dados, cada ‘kit’ de ‘phising’ está a ser vendido por 1.260 dólares (cerca de 1.165 euros, à taxa de câmbio atual).

“Desde o início de 2024, foram registados mais de 1.000 novos domínios potencialmente maliciosos, que seguem padrões específicos e incorporam conteúdos relacionados com as eleições e candidatos, sugerindo que os atores de ameaça estão a aproveitar o interesse crescente em torno das eleições para atrair alvos desprevenidos e possivelmente realizar atividades de cariz malicioso”, lê-se no documento.

Além disso, “milhares de milhões de registos dos EUA estão à venda em fóruns da ‘darknet’, incluindo números da Segurança Social, informações pessoais identificáveis (PII) e credenciais que poderiam ser usadas em campanhas de desinformação, bem como para atividades fraudulentas, esquemas de ‘phishing’ e roubo de contas”.

Cerca de “3% das publicações em fóruns da ‘darknet’ envolvem bases de dados relacionadas com entidades empresariais e governamentais”, adianta o relatório, que destaca também que “os investigadores dos Laboratórios FortiGuard registaram um aumento de 28% nos ataques de ‘ransomware’ contra o governo dos EUA, ano após ano, com base nos ‘sites’ observados”.

“À medida que se aproxima a eleição presidencial dos EUA de 2024, torna-se fundamental reconhecer e entender quais as ciberameaças que podem afetar a integridade e a confiança neste processo eleitoral e o bem-estar dos cidadãos envolvidos”, afirma o responsável sobre a estratégia de segurança (‘chief secturity strategist’ e VP ‘of global threat intelligence) da Fortinet, citado em comunicado.

“Cibercriminosos, incluindo atores patrocinados por Estados e grupos ‘hacktivistas’, estão cada vez mais ativos, neste período que antecede um evento desta dimensão. Mantermo-nos alerta, identificar e analisar possíveis ciberameaças e vulnerabilidades é crucial para nos prepararmos e protegermos contra estratégias maliciosas que podem aproveitar este momento crítico para perturbar ou influenciar os resultados eleitorais”, acrescenta o responsável.

Este relatório fornece uma análise das ameaças observadas de janeiro a agosto de 2024 e procura examinar o conjunto alargado de ciberameaças que podem afetar entidades sediadas nos EUA e o processo eleitoral, lê-se no comunicado.

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