Não será apenas retórico. O próprio Ruben Amorim foi admitido após mais uma derrota para o Manchester United. O clube inglês com mais títulos de campeão de luta, por estes dias, pela manutenção na Premier League. Por agora, os “diabos vermelhos”Estão no 14.º lugar, sete pontos acima da “linha de água”, mas o próximo jogo será contra o Liverpool, líder da Liga inglesa, e a situação pode piorar um pouco mais. O fantasma da despromoção vai crescendo em Old Trafford e, caso se concretize, não será apenas um descalabro desportivo, mas também financeiro.
Em julho de 2023, Manchester United e Adidas renovaram o contrato que uniu o emblema britânico à marca alemã de equipamento esportivo e que veste os jogadores do Manchester United.
O novo acordo substituiu o anterior que previa uma receita para o United de 750 milhões de libras (cerca de 900 milhões de euros) e passou a ser até 2035, sendo que os valores envolvidos e que vieram ao público são astronómicos: 900 milhões de libras (quase mil milhões de euros por dez temporadas ou cem milhões por temporada).
Só que a Adidas, de acordo com o jornal britânico Telegramapode rescindir o acordo com justa causa se o Manchester United cair para o Championship (segundo escalão do futebol inglês) ou então reduzir para metade os valores pagos aos “diabos vermelhos”se estes não ocorrerem na Premier League na próxima época.
“Acho que é uma possibilidade [a despromoção]. Temos que ser claros com os nossos adeptos. É constrangedor, mas a culpa é minha. A equipe não está a melhorar, acho que está um pouco perdida. É algo embaraçoso ser treinador do Manchester United e perder tantos jogos. afirmou Amorim após derrota com o Newcastle na última segunda-feira.
O português chegou ao clube inglês no início de Novembro para suceder a Erik ten Hag. Na sua estreia como treinador do United, empatou com o Ipswich Town, mas o que se seguiu não foi positivo. Neste momento, com 11 jogos disputados como técnico dos “diabos vermelhos”, Ruben Amorim soma quatro vitórias, um empate e seis derrotas, o que significa um percentual de aproveitamento de apenas 39%.
A imprensa inglesa, entretanto, fala que vai avançar uma espécie de “limpeza de balneário”, aproveitando o mercado de inverno de transferências e que de saída só os médios Casemiro e Eriksen, além dos avançados Marcus Rashford, Antony e Joshua Zirkzee e a defesa Victor Lindelof.