O deputado Andy Kerbrat, do partido França Insubmissa (LFI, na sigla em francês), foi detido em flagrante delito, na noite de sexta-feira, após comprar estupefacientes em Paris. Em comunicado, assumiu “toda a responsabilidade pelos atos” e disse estar “à disposição da justiça”.
Segundo o jornal Le Figaro, que cita o Ministério Público de Paris, o deputado de esquerda radical foi apanhado após agentes da polícia terem detetado uma troca entre dois indivíduos “semelhante a uma transação de drogas”.
Após ser abordado e revistado, o comprador confessou ser Andy Kerbrat, deputado do LFI pelo departamento de Loire-Atlantique. Na sua posse tinha 1,35 gramas da droga sintética 3-MMC. Já ao vendedor, um jovem menor de idade, foi apreendido um grama de 3-MMC e 200 euros em numerário.
O menor foi presente a tribunal e colocado em prisão preventiva e o deputado será processado por consumo de droga e intimado a comparecer em tribunal, adiantou o Le Figaro.
Num comunicado, publicado na rede social X, o deputado assumiu “toda a responsabilidade pelos atos” e disse estar “à disposição da justiça”, mas deixou críticas à imprensa francesa.
“O meu círculo íntimo de amigos, a minha equipa parlamentar e a minha família política tiveram, infelizmente, conhecimento dos factos através de ‘revelações’ do jornal de extrema-direita Valeurs actuelles, antes de eu os poder informar diretamente. Este facto levanta mais uma questão sobre a relação entre as fontes policiais e os meios de comunicação social de extrema-direita”, criticou.
Communiqué du député Andy Kerbrat suite aux révélations de la presse. pic.twitter.com/KzXVzJZh4g
— Andy Kerbrat (@AndyKerbrat) October 21, 2024
“Perante os meus problemas pessoais e a minha fragilidade psicológica, posso ter consumido drogas sintéticas e tenho plena consciência dos seus efeitos na saúde, nomeadamente na minha. Para além de mim, a toxicodependência é um problema de saúde pública e deve ser tratada como tal”, disse, acrescentando que trava “esta batalha com outras vítimas de toxicodependência”.
Acrescentou ainda que irá “seguir um protocolo de tratamento”, que permitirá “retomar a atividade parlamentar”.
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