Sábado, Outubro 5

Aterrou, esta sexta-feira à noite, no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, um grupo de 41 cidadãos, composto por 16 portugueses e familiares, que pediram ajuda para sair do Líbano e regressar a Portugal. 

 

Além dos cidadãos portugueses e respetivos familiares, viajaram também oito libaneses, cinco espanhóis, oito são-tomenses, um brasileiro, um angolano, um russo e um francês. De notar que Portugal correspondeu ao pedido de Espanha e São Tomé e Príncipe para transportar também os seus cidadãos.

O grupo chegou a bordo de um avião C-130 operado pela Força Aérea Portuguesa. Esta aeronave integra a Esquadra 501 – Bisontes, baseada no Montijo, e aterrou às 20h16 no Figo Maduro.

Além das malas e sacos que puderam trazer consigo, com os 41 passageiros viajaram também cinco animais domésticos: um cão e quatro gatos. Foram recebidos pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, que estava acompanhado dos secretários de Estado da Defesa, Telmo Correia, e das Comunidades Portuguesas, José Cesário. 

Pode ver as imagens da chegada a Figo Maduro na fotogaleria acima.

Recorde-se que este foi o segundo voo de retirada de cidadãos portugueses que pediram para saírem do Líbano, na sequência do conflito espoletado por Israel no passado dia 23 de setembro com uma campanha de intensos bombardeamentos contra o movimento xiita libanês Hezbollah no sul e no leste do Líbano, mas também nos subúrbios sul da capital, Beirute.

Esta campanha ocorre após mais de 11 meses de intenso fogo cruzado na fronteira israelo-libanesa, iniciados um dia depois de o movimento islamita palestiniano Hamas – de que o Hezbollah é aliado – ter efetuado em território israelita, em 07 de outubro, um ataque que fez cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A escalada da violência entre Israel e o Hezbollah tem levado milhares de pessoas a abandonar o Líbano.

O primeiro grupo, de 44 pessoas, chegou a Lisboa, igualmente em voo operado pela Força Aérea, no passado dia 28.

Em declarações aos jornalistas, Paulo Rangel regozijou-se com o êxito desta segunda fase de retirada de cidadãos portugueses do Líbano e acrescentou que outros cidadãos portugueses que se encontram ainda naquele país do Médio Oriente manifestaram o desejo de permanecerem.

“Não está prevista mais nenhuma operação, dado que nós estamos em contacto com todos os cidadãos portugueses e com as suas famílias no Líbano. Portanto, temos todos identificados e têm sido todos contactados, um a um, no sentido de manifestarem o seu interesse e, portanto, neste momento não há, digamos, ninguém que queira vir mais e, portanto, não está prevista mais nenhuma operação. Se houvesse algum caso, alguém que mudasse de posição quanto a isto, provavelmente não seria necessário fazer uma operação destas, porque teríamos capacidade de pedir a algum Estado amigo”, disse o ministro.

Fonte ligada ao processo de retirada de cidadãos portugueses disse à Lusa que “são várias dezenas” de cidadãos portugueses e familiares que manifestaram a intenção de permanecerem no Líbano.

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