Quinta-feira, Março 6

Compreender a interação entre as regras tributárias portuguesas e dos EUA é essencial para garantir a conformidade e otimizar os resultados.

Os impostos de Portugal residentes sobre sua receita global, assim como os EUA, o tratado de duplo tributário entre os dois países fornece mecanismos de alívio da dupla tributação, mas o uso efetivo dessas disposições depende do alinhamento de passivos fiscais portugues com créditos fiscais estrangeiros dos EUA e requisitos de relatório. Os cidadãos dos EUA também devem considerar as implicações tributárias do Estado, pois a manutenção de vínculos com alguns estados pode resultar em obrigações tributárias estaduais contínuas.

As opções de residência de Portugal, como o visto D7, são adequadas para indivíduos com renda passiva de pensões, dividendos ou renda de aluguel. Os candidatos devem demonstrar renda adequada para se sustentar durante sua estadia. Para aqueles que buscam residência baseada em investimentos, os fundos de investimento regulamentados oferecem uma alternativa. Um investimento mínimo de € 500.000 pode garantir a residência e diversificar portfólios. Os contribuintes dos EUA devem denunciar esses investimentos, incluindo empresas passivas de investimento estrangeiro, em formulários do IRS para evitar multas.

A expatriação é outra consideração. Os cidadãos dos EUA que renunciam ao status de cidadania ou green card podem enfrentar o imposto sobre expatriação, que tributa ganhos não realizados como se os ativos fossem vendidos antes da expatriação. Modelagem financeira detalhada e aconselhamento profissional são vitais para avaliar possíveis passivos.

O planejamento imobiliário é fundamental para os cidadãos dos EUA que vivem em Portugal. Enquanto o país não possui um imposto geral sobre a riqueza, as propriedades de alto valor estão sujeitas a impostos adicionais. As leis de herdeiro forçado de Portugal podem restringir como as propriedades são distribuídas, embora as leis de herança dos EUA possam ser aplicadas sob certas condições. Os cidadãos dos EUA também devem explicar as implicações fiscais de presentes e imóveis, principalmente devido à redução programada das isenções de imposto sobre a propriedade dos EUA em 2026.

Os relatórios de contas estrangeiras são obrigatórias para cidadãos dos EUA com contas financeiras no exterior. Formas como o FBAR e o Formulário 8938 devem ser arquivadas para divulgar participações estrangeiras. A integração de Portugal na Lei de Conformidade Tributária da Conta Estrangeira (FATCA) garante que as instituições financeiras portuguesas relatem os titulares de contas dos EUA às autoridades dos EUA.

Planejamento tributário e jurídico abrangentes podem facilitar uma transição mais suave e garantir a conformidade com os regulamentos portugueses e dos EUA. Recomenda-se aconselhamento profissional para abordar as complexidades das obrigações fiscais transfronteiriças de maneira eficaz.

Por Bernardo Masteling Pereira – bpereira@mazars.pt (Parceiro, Forvis Mazars em Portugal) e Ann Bondurant – Ann.bondurant@us.forvismazars.com (Gerente sênior, Forvis Mazars em nós).

Para mais informações, entre em contato com a Forvis Mazars.

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