Domingo, Setembro 22

Uma casa que estava à venda por 200 mil euros em junho do ano passado, este ano subiu para 215 mil. Ou seja, um jovem que estivesse à espera de apoios do Estado para pagar menos impostos acabou por ver essa poupança absorvida pelo aumento dos preços.

Os preços das casas continuam a subir. Até junho, ficaram mais caras quase 8% em relação ao ano passado.

Com ou sem apoios, comprar casa está cada vez mais difícil. De acordo com o INE, o Instituto Nacional de Estatística, os preços das casas aumentaram 7,8% no segundo trimestre do ano. Ou seja, uma casa que estava à venda por 200 mil euros em junho do ano passado, este ano subiu para 215 mil.

Numa conta rápida, um jovem que estivesse à espera de apoios do Estado para pagar menos impostos, acabou por ver essa poupança absorvida pelo aumento dos preços.

Por outro lado, o INE verificou que o número de transações aumentou 10,4% entre abril e junho.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, este é o primeiro aumento do número de transações desde 2022. Isso deve-se em parte às taxas de juro estarem a baixar desde o início do ano, o que faz com que as prestações do crédito à habitação se tornem um pouco mais acessíveis a quem compra casa.

Um dado curioso é que os maiores aumentos de preços são nas casas já existentes e menor nas novas porque essas provavelmente já estão à venda pelos preços mais altos do mercado.

No caso das habitações existentes, o aumento foi de 8,3%, enquanto que as casas novas aumentaram 6,6%.

Nos três meses antes do verão, houve também menos estrangeiros a comprar casa em Portugal. Para este grupo, foram vendidas 2.464 habitações, ou seja, 6,6% do total das transações.

Em abril, maio e junho, foram vendidas em Portugal 37.125 casas, o que dá uma média de cerca de 412 casas por dia. Quase 30% das casas foram vendidas na região Norte. No Centro e no Alentejo, também se venderam mais casas do que no ano passado. Pelo contrário, no Algarve, o número de casas vendidas baixou.

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