Quinta-feira, Setembro 12

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, deu uma conferência de imprensa, esta quarta-feira, onde falou sobre o incêndio que se encontra ativo na região há já uma semana.

 

O líder regional falou do pedido de ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil que vai permitir mobilizar dois aviões Canadair, vindos de Espanha – uma decisão que foi hoje conhecida.

“A partir de ontem começou a ser preparada a possibilidade de ser viável a utilização deste recurso aéreo”, afirmou, referindo-se às duas aeronaves. “Esta solução implica que estes aviões serão dois e que serão utilizados, sobretudo, na cordilheira central”, explicou.

O presidente da Madeira referiu ainda que “os meios começam a operar amanhã” e serão abastecidos no Porto Santo, “com água doce”. “Uma das hipóteses que temos é despejar maiores descargas de água na cordilheira central, em zonas onde é quase impossível o acesso de meios da nossa parte”, detalhou ainda, lembrando que estas aeronaves têm a possibilidade de largar uma quantidade de água “mais compacta” e volumosa, o que ajudará no combate às chamas, que se dá em zonas de difícil acesso.

Durante a sua intervenção, Albuquerque referiu ainda que “todos os apoios necessários” iriam ser dados aos agricultores que viram as chamas destruir o seu trabalho. Enquanto detalhava a situação, sublinhou ainda o “sucesso” da estratégia da contenção do fogo – que deflagrou há uma semana -, e apontou que não houve “qualquer vítima” decorrente da situação.

“Dado o desgaste físico e emocional tivemos o reforço com mais 60 elementos”, recordou, referindo-se aos operacionais cuja ida até à região autónoma foi anunciada esta quarta-feira.

“Se não há danos nem vítimas, estamos no caminho certo”

Sobre as críticas que têm sido feitas ao governo regional e a responsáveis envolvidos no combate às chamas, nomeadamente, os pedidos de demissão, Albuquerque afirmou: “Quando se avalia um processo desta complexidade, de um incêndio deste, não se avalia por questões emocionais, mas pelo resultado. O resultado é positivo ou é negativo”.

E acrescentou: “Se no combate a um incêndio conseguimos salvaguardar as vidas humanas, que é o valor essencial, a integridade física, as habitações, infraestruturas públicas… Não há um mau combate a um incêndio. É um incêndio que foi e continua a ser combatido de forma inteligente, eficaz e tecnicamente adequada. Se esse património continua salvaguardado, se não há danos pessoais, estamos no caminho certo”.

[Notícia atualizada às 19h40]

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