Segunda-feira, Novembro 25

Numa carta aberta ao Ministro do Ambiente, impulsionada pela Universidade do Porto, mais de 120 cientistas e especialistas em ciências marinhas, ambientais e sociais apelaram ao Plano Nacional de Restauração da Natureza “para não deixar o mar para trás”. Portugal tem dois anos para criar um plano e explicar como pretende implementar esses objetivos e ideias.

No Dia Nacional do Mar, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto divulgou um comunicado onde anuncia que organizou a comunidade científica para escrever uma carta aberta a Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia, com o intuito de para que “prestem atenção ao mar e aos habitats marinhos”. Na carta, que reúne mais de 120 signatários de especialistas ambientais e marinhos, bem como representantes de organizações não governamentais que lutam pela preservação do mar, sublinha-se que 97% da área de Portugal é mar, que alberga uma grande variedade da vida marinha.

Como afirma a carta “Este rápido declínio dos habitats deve-se aos efeitos cumulativos das pressões humanas, como a pesca insustentável, as alterações climáticas, a poluição, a urbanização das zonas costeiras e a propagação de espécies invasoras” que “colocam em risco os benefícios vitais proporcionados pelas biodiversidade marinha para a sociedade, como a regulação climática, a protecção natural das zonas costeiras, a soberania alimentar, os meios de subsistência, as economias locais e a cultura das comunidades costeiras”.

A Lei de Restauração da Natureza, que estabeleceu metas para preservar e restaurar a biodiversidade dentro da UE, foi aprovada pelo Parlamento Europeu este ano. O Parlamento Europeu estipula que Portugal deve reparar todos os habitats danificados até 2050 e 20% das suas regiões terrestres e marítimas até 2030.

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