Sábado, Outubro 5

Vinte anos depois da primeira edição, o CoolJazz continua a apostar numa “fusão de sonoridades, que versa em vários estilos de música, onde se destaca muita soul, jazz, blues, funk, disco, cantado em português e noutras línguas”.

Para a promotora Karla Campos, da Live Experiences, o melhor momento da história do festival foi “chegar aos 20 anos”. “Essa é a grande conquista: conseguir manter um festival neste formato, deste género, ao longo destes 20 anos”, partilhou, em declarações à agência Lusa.

O pior momento foram “aqueles dois anos e meio de paragem da covid”, em que não foi possível realizar-se o CoolJazz e outros tantos festivais de música. No entanto, Karla Campos destaca que essa altura, em que os profissionais da área dos espetáculos não puderam trabalhar, serviu também para “unir todos — agentes e artistas”.

“Unimo-nos, os que somos concorrentes, para encontrarmos soluções. Houve um lado positivo de união, para continuar a remar e seguir em frente”, recordou.

Programar o CoolJazz desde 2004 “foi sempre um desafio”. “Porque nem sempre tudo aquilo que quero eu consigo, porque os músicos não estão em digressão, por exemplo”, referiu.

Entre os muitos artistas e bandas que já passaram pelo festival, Karla Campos destaca, “logo na primeira edição”, Adriana Calcanhotto, Barbara Hendricks & The Magnus Lindgren Jazz Quartet e Roy Ayers.

Mas também Diana Krall e Jamie Cullum, que já atuaram várias vezes no CoolJazz e “não podiam faltar” no 20.º aniversário, Kanye West, John Legend, Mark Knopfler, Sting, Lionel Richie, David Byrne e Van Morrison.

Quando se lhe pede que aponte a melhor edição que o festival já teve, não consegue responder. “Todas elas me dão um prazer enorme”, disse.

O festival CoolJazz acontece ao longo do mês de julho e tem três concertos por noite. Começa com as Cascais Jazz Sessions, segue com uma primeira parte e termina com o cabeça de cartaz.

Este ano, foi criado “mais um momento de música”. “Alongámos a noite, criámos as Late Nights. Depois do último concerto do palco principal, haverá um DJ set no anfiteatro do Parque Marechal Carmona”, referiu Karla Campos.

A ideia é “continuar a crescer”. “Ter mais dias de concertos, mais concertos por dia, mas sempre em sequência, nunca em simultâneo”, partilhou.

A partir de terça-feira, o CooJazz regressa ao Hipódromo Manuel Possolo, onde está o palco principal, e ao contíguo Parque Marechal Carmona, onde há um segundo palco e uma zona com bares e espaços de restauração.

As portas abrem às 19h00 e os concertos começam às 20h00.

Os franceses Air são o grande destaque do primeiro dia. A dupla vai apresentar no festival, na íntegra, o álbum ‘Moon Safari’, editado há 25 anos, e que inclui temas como ‘Sexy Boy’, ‘Kelly watch the stars’ e ‘All I need’.

Antes, atuam a artista croata-portuguesa Lana Gasparotti e os portugueses Marwan, um dos vencedores do concurso de novos talentos do festival. Depois dos Air, haverá um DJ set do jornalista Pedro Dias de Almeida.

Na quarta-feira sobem ao palco principal a cantora norte-americana Chaka Khan, voz de temas como ‘I’m every woman’ ou ‘Ain’t nobody’, que passa por Portugal no âmbito da digressão de celebração dos 50 anos de carreira, e os britânicos Morcheeba.

Antes, no Parque Marechal Carmona, atuam os portugueses Onoma, também vencedores do concurso de novos talentos, e depois haverá um DJ Set do cantor Alex D’Alva Teixeira.

O terceiro dia de CoolJazz, em 19 de julho, é totalmente dedicado à música portuguesa, com o palco principal a acolher Dino D’Santiago e Maro, e o segundo palco o Rogério Pitomba Trio, vencedores do concurso de novos talentos, e um DJ set de Progressivu.

Presença habitual no festival, a cantora e pianista canadiana Diana Krall sobe ao palco principal no dia 26 de julho. Antes, atua o Manuel Oliveira Trio.

Para o segundo palco estão marcadas das atuações da saxofonista e cantora Eunice Barbosa e do DJ Pedro Tenreiro.

Em 27 de julho, atuam no palco principal as cantoras brasileiras Marina Sena e Luedji Luna. Nesse dia, pelo segundo palco passam os portugueses Salamandra e a produtora Sónia Trópicos, em DJ set.

Para o penúltimo dia do festival estão marcadas as atuações dos neozelandeses Fat Freddy’s Drop e dos portugueses Expresso Transatlântico, no palco principal, da pianista e compositora luso-angolana Gisela Mabel e da DJ portuguesa Matilde Castro, no segundo palco.

Este ano, o encerramento do CoolJazz, no dia 31 de julho, fica a cargo do cantor e pianista britânico Jamie Cullum, outra presença assídua no festival.

Antes de Jamie Cullum atuam, no palco principal, a cantora portuguesa Inês Marques Lucas, e, no segundo palco, o baterista português Guilherme Melo. O segundo palco irá ainda acolher o DJ set da cantora Beatriz Pessoa com o realizador Daniel Mota.

A organização espera entre “43 mil a 45 mil pessoas” nos sete dias de festival.

O festival, que este ano tem um novo ‘naming sponsor’, a seguradora Ageas, tem também uma programação gratuita, as Cascais Lazy Sundays, que acontecem aos domingos nos jardins da Casa das Histórias Paula Rego.

Nos dias 14, 21 e 28 de julho, haverá DJ sets, a partir das 19h00, da radialista Inês Lopes Gonçalves com o baterista Ivo Costa, da radialista Vanda Miranda e do “artista de variedades” Wandson, respetivamente.

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