Segunda-feira, Outubro 21

Questionado sobre se existe alguma medida na proposta do Orçamento do Estado que gostaria de ver espelhada no próximo ano, João Paiva Mendes aponta a “redução do IVA de animação turística de 23% para 13%”.

 

Com o alargamento do mercado, “as ‘Online Travel Agencies’ (OTA) ganharam uma maior preponderância no setor e aumentaram exponencialmente a comissão a pagar pelos seus próprios canais”, refere o responsável.

João Paiva Mendes explica que, “em média, um operador paga atualmente entre 25% e 30% do valor bruto de uma experiência que vende ‘online'”.

Comparativamente, “temos plataformas tecnológicas na área da hospedagem a cobrar 17% e outras na área de aluguer de curta duração a cobrar 6%”, acrescenta.

Ora, “se uma experiência turística que, para ganhar visibilidade, necessita de abdicar de mais de 50% da sua margem bruta, então percebemos que projetos de pequena escala nunca conseguem sobreviver pelo esmagamento de margens”, adverte o gestor.

“Acredito que a redução do IVA para a animação turística iria não só incentivar a descentralização, a melhoria das condições dos guias e trabalhadores do setor como também levar à criação de novas experiências e reduzir a evasão fiscal”, considera.

Em suma, “incentivar um tipo de turismo mais focado na experiência e não tanto no volume”, remata João Paiva Mendes.

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