Sábado, Novembro 23

Os imigrantes no Fundão

Todas as organizações patronais são peremptórias ao afirmar que Portugal precisa de mão-de-obra, sobretudo para sectores de serviços onde os requisitos de qualificação, não são tão exigentes. Nenhum país da Europa precisa de imigrantes problemáticos, quer do ponto de vista político, religioso, etc., mas também devemos acautelar interessados ​​em certas famílias que buscam sobretudo viver de nossos recursos de Segurança Social, mas esses pertencem a quem trabalhou a vida inteira e agora vive das suas reformas.

Mesmo assim, o Estado social já alimenta muitas milhares de pessoas malcomportadas na sociedade que do meu ponto de vista não deveriam ser contempladas com o chamado “rendimento social de inserção” (RSI), refiro-me, sobretudo, a jovens que não procuram trabalho e dedica sua vida à delinquência. Nesta matéria deve o país aprender com a lição que nos deram em toda a região do Fundão. Selecionaram imigrantes, deram-lhes formação, organizaram habitações, colocaram-nos a trabalhar e a aprender português – isso, sim, chamam-se integração total e todos ficam a ganhar, sem polémicas.

José Ribeiro, Vale da Amoreira

Obsolescência programada

Maria João Marques, Miguel Esteves Cardoso e João Miguel Tavares simbolizam o tridente que me impele a comprar o PÚBLICO. Nem sempre concordo, mas ter opinião não significa ter razão. Na quarta-feira, Maria João Marques abordou os temas importantes da obsolescência programada e das vantagens da economia circular. A generalidade dos eletrodomésticos apresenta a morte programada. Passado um pouco tempo de garantia, mostrando ou sinais de fadiga ou avaria total. Países europeus com nível de vida superior ao português prezam a compra de objetos em segunda mão. Comprar em segunda mão é comprar mais barato. Com as taxas tão baixas, ver a Autoridade Tributária taxar as vendas superiores a 2000 euros de usados on-line é ridículo.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

A insensatez e a irresponsabilidade de Milei

Sob os auspícios da Conferência das Nações Unidas estão a realizar-se, na capital do Azerbaijão, negociações na COP29 para se debaterem estratégias que visem enfrentar as alterações climáticas. Espantosamente, o grupo de trabalho da Argentina retirou-se da COP29 por ordem de Javier Milei, o Presidente da Argentina que não acredita nas mudanças climáticas, acusando a ONU de importar uma agenda ideológica e política. Como se vê, neste mundo conturbado, existem chefes de nações que não se coíbem de exibir posições levianas e irresponsáveis. Pobre planeta que, com líderes do jaez de Milei, não irá longe.

António Cândido Miguéis, Vila Real

Azeite, alerta à AdC

Sou consumidor de azeite. E deste mercado tenho a percepção do consumidor, que é o preço, para além do que vou ler. À quebra de produção na safra de 2023-24 correspondeu a um aumento de 100% no preço. O litro que se comprou ao produtor transmontano (é a realidade que sei) a 4-5 euros passou a comprar-se a 9-10 euros. Mas os produtores nacionais não influenciam significativamente o preço de mercado e, embora pareçam ridículos, limitam-se a acompanhar os preços praticados na grande distribuição de retalhos nacionais. Este é um bem com uma procura pouco compressível e, a um aumento de 100% no preço, correspondeu a uma contracção de apenas 30% no consumo. Por isso, o alerta à AdC. Como é que uma quebra de produção consegue originar um aumento de 100% no seu preço. E, mais importante, tendo já notícia de uma recuperação significativa da produção na safra de 2024-25, será que se vão manter estes preços? Temo bem que sim, por isso alerta a AdC, de quem ainda não ouvimos uma palavra sobre este inacreditável aumento de preços.

José Pombal, Vila Nova de Gaia

Vencimentos no esporte

João Miguel Tavares escreveu na terça-feira que é contra o projeto de Joana Mortágua/BE sobre a equidade de vencimentos nas seleções nacionais masculinas e femininas. Como exemplo e justificativa da sua opinião, mostra resultados da seleção americana tetracampeã mundial contra equipes masculinas de jovens. Ora acontece que justamente essa seleção feminina de futebol dos EUA já conquistou quatro títulos mundiais, cinco medalhas de ouro olímpicas, entre outros (muitos títulos), e ocupa habitualmente o primeiro lugar no ranking das seleções mundiais. Comparativamente, a seleção masculina dos EUA tem como melhor resultado um 3º. lugar no longínquo mundial de 1930! A pergunta que se impõe é: qual das duas merece ganhar mais?

Ângelo Cardoso, Pousos

Compartilhar
Exit mobile version