Quarta-feira, Outubro 30

Os Bombeiros Voluntários do Concelho da Moita sublinharam, na terça-feira, a importância do uso de câmaras corporais, mais conhecidas como ‘bodycams’, não só para “rever a forma de ataque” a um incêndio no teatro de operações, como para dar “a conhecer as técnicas e as melhores práticas” aos bombeiros em formação.

 

“O uso de uma ‘bodycam’ no teatro de operações permite, acabada a intervenção, rever a forma de ataque, conferir as opções de um Bombeiro perante a necessidade de extinguir um incêndio com todas as condicionantes com que se pode deparar e, acima de tudo, proporcionar a visualização a bombeiros em formação, dando-lhes a conhecer as técnicas, e as melhores práticas no terreno”, escreveu a entidade, na rede social Facebook.

É que, de acordo com a corporação, “avançar para um edifício tomado pelo fogo é um exercício cheio de interrogações e é apenas em frações de tempo muito curtas que algumas decisões têm de ser ser tomadas”.

“A tecnologia permitirá mais tarde, sem qualquer risco envolvido, que todos possam rever a fita de tempo de um bombeiro em ação. Formar também é isto: proporcionar às mulheres e homens que abraçam esta carreira os princípios de segurança necessários em todos os momentos de uma operação. Porque a segurança vem SEMPRE em primeiro lugar!”, rematou.

A publicação incluía ainda um vídeo do combate a um incêndio no interior de um edifício, ao qual poderá aceder na galeria acima.

Recorde-se que os elementos da Polícia Marítima podem utilizar, desde o dia 16 de outubro, estas ferramentas. Trata-se do primeiro órgão de polícia criminal em Portugal a usar este instrumento, cujo despacho publicado em Diário da República estabelece que o uso das câmaras corporais está regulado “em estreito cumprimento com as recomendações explanadas no parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados”.

Saliente-se ainda que a promessa do uso de ‘tasers’ e de ‘bodycams’ por parte das autoridades é antiga. De facto, o anterior Governo tinha prometido adquirir de forma faseada cerca de 10 mil ‘bodycams’ até 2026, tendo lançado um concurso público em abril de 2023.

Contudo, o concurso foi impugnado duas vezes e, em maio deste ano, continuava por concluir, tendo o atual Executivo decidido rever a quantidade de câmaras a adquirir.

Só depois de concluído o concurso de compra da plataforma é que se seguirá a fase de aquisição das ‘bodycams’ para equipar os elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

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