Domingo, Janeiro 12

O Benfica conquistou neste sábado, em Leiria, a Taça da Liga pela oitava vez na sua história, ao bater o Sporting nos penáltis (7-6), após um empate (1-1) no tempo regulamentar. Tal como aconteceu na primeira vez que as duas equipas se defrontaram na final desta competição, a vitória ficou para os “encarnados” no desempate da marca dos 11 metros. Todos os jogadores do Benfica marcaram, Trincão permitiu a defesa de Trubin.

Sustentado pelas boas sensações do jogo das meias-finais, Bruno Lage sentiu a legitimidade de repetir o plano, mantendo Schjelderup no lado esquerdo do ataque e Tomás Araújo no lado direito de uma defesa a quatro. Já Rui Borges, sem muita margem para inventar e limitado nas suas opções, manteve tudo o que tem marcado, com João Simões no lugar do lesionado Morita. E o que o jogo começou por mostrar deu razão ao técnico do Benfica e deixou a descoberta as pernas cansadas do Sporting de que o técnico “leonino” se tem queixado — ainda que tenham sido as “águias” a entrar em campo com um dia a menos de recuperação.

O Benfica fez bom uso da pressão alta dos seus homens da frente para condicionar a construção “leonina”, obrigando o adversário a bolas longas que recuperava no meio-campo, onde também tinha superioridade. A supremacia estratégica era evidente, o pior para os “encarnados” era transformar isto em situações de perigo para a baliza de Israel — e nisso o Benfica era pouco prolífico.

Já o Sporting era pouco criador, apostando, sobretudo, no flanco esquerdo, onde Quenda e Maxi Araújo procuravam o espaço e os duelos individuais, para poderem facilitar a vida a Gyökeres. Mas a verdade é que os “leões”, sem serem dominadores, estão criando mais perigo, como numa bola de Gyökeres que acabou num remate à malha lateral, ou num remate de Quenda que Trubin defendeu com a perna. A melhor aproximação do Benfica neste período aconteceu aos 21′, com um cruzamento de Tomás Araújo que Israel interceptou antes de chegar a Schjelderup.

A bater na meia hora de jogo, o Benfica transformou finalmente o seu domínio em golos. Bola para Schjelderup bem aberto no flanco, Quaresma hesitou na abordagem ao lance e deu espaço ao nórdico para avanço, traçar uma linha para a baliza e rematar para o golo.

Como o Sporting reagiria à desvantagem? Teve logo duas boas situações para nivelar o resultado: aos 31′, num remate de Quenda que saiu ao lado após combinação com Gyökeres, e aos 34′, num jogo individual de Quaresma em que o central adaptado a lateral levou a bola até à área e rematou por cima.

O gol do empate acabaria por chegar antes do intervalo. Maxi Araújo avançou pela área e, antes de ficar frente a frente com Trubin, foi derrubado por Florentino. João Pinheiro assinalou penálti, o VAR confirmou e, da marca dos 11 metros, Gyökeres atirou a contar, bem para o meio da baliza. O Sporting ia chegar ao intervalo satisfeito com o que tinha conseguido, sobreviver ao domínio do Benfica sem grandes estragos, e os “encarnados” a lamentarem tão pouco aproveitamento ofensivo.

Lage mudou pela primeira vez logo ao intervalo, tirando do jogo Schjelderup para lançar Akturkoglu, mas o Benfica já não conseguiu atingir os mesmos níveis de domínio. E, dos dois lados, o lado estratégico transformou-se em contenção de esforço. Mesmo com as substituições, as aproximações perigosas foram raras, os minutos foram passando e o jogo já não era uma luta pela vitória, mas uma defesa do empate.

Depois de 94 minutos de equilíbrio, a final seria decidida nos penáltis, tal como aconteceu na primeira vez em que os dois rivais de Lisboa se recuperaram na final nesta Taça da Liga, em 2009. Di María, que esteve nessa final há 16 anos , foi o primeiro a avanço e marcou, Gyökeres, que já tinha marcado uma penalidade, respondeu com um tiro igualmente certo.

Amdouni, Otamendi, Akturkoglu e Renato Sanches acertaram pelo Benfica, Hjulmand, Harder, Maxi e Debast fizeram o mesmo pelo Sporting. Dez penáltis bem marcados. A partir daqui, não havia margem de erro. Leandro Barreiro não falhou, nem Quenda, tranquilo do alto dos seus 18 anos. Florentino também não tremeu. Avançou Trincão e foi o primeiro a falhar. O Benfica conquistou a Taça da Liga.

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