Quinta-feira, Dezembro 12

As paragens na auto-estrada, inclusive na berma, são proibidas. Mas há uma série de situações que desativam a imobilização imediata: um pneu furado, o sobreaquecimento do motor, uma pedra que saltou e partiu o vidro dos pára-brisas, por exemplo.

Todas estas situações podem representar um problema, realça o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT): “Um veículo parado na auto-estrada é uma potencial fonte de acidente” e “um condutor ou passageiro na berma da auto-estrada uma potencial vítima ”. Por isso, o organismo criou um manual de boas práticas que visa reduzir os riscos e aumentar a segurança de todos os usuários das vias rápidas.

O que fazer quando tenho de parar?

Sinalizar o veículo
A primeira coisa a fazer quando se percebe que será necessário parar o veículo numa auto-estrada é usar uma sinalização para indicar uma manobra aos restantes utilizadores da via, accionando os quatro piscas. Atualmente, há dispositivos que permitem aumentar a visibilidade, como o Help Flash, que, em Espanha, passará a ser obrigatório a partir de 2026.

Adquira uma berma
Idealmente, o veículo deve ser parado o mais à direita possível. No entanto, se tiver uma circular pela esquerda e não tiver possibilidade de encostar à direita, deverá posicionar o veículo o mais perto possível das barras de protecção.

Vestir o colete
Com o veículo imobilizado e com os quatro piscas acionados, vista o colete refletor, que tem de estar sempre à mão do condutor. “O colete é obrigatório quando o condutor não está fora do triângulo, a reparar o veículo ou a proceder à remoção de carga na via”, reforça o IMT.

Colocar o triângulo
Com as piscas sempre unidas e de colete vestido, conte 30 passos largos e coloque o triângulo o mais próximo possível da faixa de circulação. Durante essa caminhada, proteja-se, fazendo-o, se possível, para lá das barras de proteção.

Procure o lugar mais seguro
Dependendo da localização do veículo, você poderá ficar mais seguro no interior da viatura. No entanto, o lugar em que se corre menos riscos é depois dos separadores de faixa, longe da berma. E sublinha o IMT: “O risco de morte na berma da auto-estrada, de acordo com algumas estatísticas internacionais, é muito elevado.”

Mudar um pneu
A mudança de pneu pode ser realizada quando o rodado a substituir se encontrar no lado das proteções; se o pneu do trocarte ficar virado para a via, o melhor será chamar imediatamente a assistência em viagem. Caso seja de noite ou o tráfego seja intenso, a assistência em viagem pode ser a solução mais segura.

Retomar marcha
A reentrada na via de rodagem, depois de ultrapassado o problema que motivou a paragem, é um momento de elevado risco e, diz o IMT, citando as autoridades, “uma parte significativa dos acidentes provocados por veículos avariados dá-se no momento em que o condutor reentra na via”. Assim, devemos fazê-lo apenas com a certeza de ser capaz de atingir rapidamente a mesma velocidade que os demais usuários.

O que fazer quando outros veículos estão parados?

Mesmo sem qualquer problema, pode ser necessário imobilizar a viatura, seja pela realização de obras na via, acidentes ou filas compactas. Saiba como parar sem correr perigo.

Liga dos piscas
Assim que nos apercebemos de que há carros à nossa frente a travar, devemos ligar os quatro piscas para avisar quem segue atrás de que há um qualquer problema. As quatro piscadas devem manter-se ligadas, pelo menos, até que outro veículo pare na nossa traseira.

Não olhe
Há quem lhes chame orçamentistas, outros nos acusam de ser curiosos. Os condutores que conduzem a velocidade para “apreciar” o acidente do lado são um perigo para eles e para os outros. Controlar uma curiosidade e continuar a marcha com cautela pode evitar mais acidentes.

Obtenha ajuda
Em caso de avaria ou acidente, é possível alertar a assistência através dos telefones de emergência que existem junto à faixa da berma ou do telefone. “Para saber para que lado fica o telefone mais próximo, procure as marcas pintadas no chão ou as pequenas placas indicadoras da quilometragem existente nos trilhos de protecção a cada 100 metros.”

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