Segunda-feira, Março 31

Segundo o Observador, as exportações de calçados portugueses aumentaram 8,2% em janeiro, ano a ano, para 161 milhões de euros, com as empresas esperando uma melhoria nos negócios no primeiro trimestre deste ano, informou o Sector Association APICCAPS.

De acordo com o mais recente boletim econômico trimestral da Associação Portuguesa de calçados, componentes, artigos de couro e substitutos dos fabricantes (APICCAPS), “quase metade das empresas (47%) acredita que o estado dos negócios será satisfatório, com um quarto até prevendo que será bom”.

Quando solicitado a comparar o estado de negócios esperado para o primeiro trimestre deste ano com o do mesmo período em 2024, o número de empresas que acreditam que será melhor é maior do que aquelas que acreditam no oposto (equilíbrio extremo de resposta (s) de +6 pontos percentuais), indicando uma tendência para uma melhoria na situação ”, diz a associação.

Publicado pela APICCAPS com a Universidade Católica do Porto, o Boletim da Situação Econômica também destaca que “as expectativas das empresas em relação ao estado de negócios estão positivamente relacionadas ao seu tamanho, sendo claramente positivas entre grandes e muito grandes empresas (SRE de 36 e 25 pontos percentuais, respectivamente)”.

Em relação às limitações esperadas para o primeiro trimestre deste ano, a associação diz que é “muito semelhante àquelas que as empresas sentiram no final de 2024”, com “a maior diferença é o aumento de dificuldades relacionadas à legislação tributária, que 18% das empresas esperam enfrentar, enquanto apenas 13% dizem que os sentiam no trimestre anterior”.

Embora menos frequentes (9%), as referências a dificuldades relacionadas à legislação trabalhista também aumentaram em comparação com o final de 2024.

No nível do mercado, houve “um pequeno aumento nas referências à escassez de pedidos de clientes estrangeiros (de 63% para 65%), mas uma diminuição igualmente pequena naqueles feitos para a escassez de pedidos de clientes nacionais (de 47% para 44%)”.

Quanto aos fatores de produção, houve “um ligeiro aumento nas preocupações” sobre o preço e o fornecimento de matérias -primas (de 34% para 35%) e uma diminuição nas referências à escassez de trabalho qualificado (de 13% a 12%).

Citado em comunicado, o Presidente da Apiccaps diz que continuamos vivendo em “um tempo de grande incerteza, seja de natureza geoestratégica ou mesmo de natureza cíclica, que naturalmente penaliza setores altamente exportadores, como calçados”.

Mesmo assim, Luís Onofre destaca que “os últimos meses já viram recuperação para o setor, que exporta mais de 90% de sua produção”, e a expectativa é que será possível “consolidar esse registro nos próximos meses, o que ainda será difícil, dado o contexto externo”.

“As empresas estão fazendo sua lição de casa, investindo no fortalecimento da capacidade de produção ou no processo de internacionalização”, destaca o líder da associação, pedindo que “o Estado faça o mesmo”.

“Precisamos de estabilidade política, um governo capaz de tornar o crescimento econômico uma meta nacional, colocando todos os instrumentos financeiros a serviço das empresas, como o RRP [Recovery and Resilience Plan] ou Portugal 2030, para relançar a atividade de exportação ”, ele enfatiza.

Para o APICCAPS, uma razão para “preocupação particular” é “o fato de que os principais mercados europeus – tão fundamentais para a indústria de calçados portugueses – continuam demonstrando falta de desempenho dinâmico”.

After a year-on-year growth in exports of 14% in the last quarter of 2024, at the beginning of 2025 the footwear sector’s sales abroad maintained the positive trend, with the most recent data from the National Statistics Institute (INE) pointing to a total of seven million pairs of footwear exported in January, worth 161 million euros, which represents a growth of 8.2% compared to the same month of the previous year.

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