Domingo, Outubro 6

“Tendo em conta a política que vai ser aplicada nos próximos meses”, o líder do partido extrema-direita considera que “nenhuma das preocupações dos franceses” vai ser atendida, pelo que a União Nacional “incarna a única alternância perante o partido único”.

O líder da União Nacional, Jordan Bardella, salienta que o partido registou o seu “maior avanço na história”, duplicando o número de deputados, e criticou “os arranjos eleitorais” que “atiraram a França para os braços da extrema-esquerda”.

Jordan Bardella, presidente da União Nacional (RN, em francês), partido de extrema-direita que deverá ficar na terceira posição após as legislativas em França, começa por admitir, no primeiro discurso após a divulgação das projeções oficiais, que o RN tem de reconhecer o fracasso deste domingo.

“Apesar de uma campanha de segunda volta marcada por alianças contranatura – que procuraram de todas as maneiras impedir os franceses de escolher livremente uma política diferente – a União Nacional realizou hoje o avanço mais importante de toda a sua história”, declara Jordan Bardella no pavilhão de Chesnaye du Roi, no sudeste de Paris, onde está a decorrer a noite eleitoral do partido.

Fala ainda numa aliança de esquerda “contranatura” e alerta para os “perigosos acordos eleitorais que privam os franceses de uma política de recuperação”.

“Estes acordos eleitorais atiram a França para os braços da extrema-esquerda de Jean-Luc Mélenchon”, acrescenta.

Desataca ainda que, apesar do resultado não ser o esperado, em alguns círculos eleitorais a União Nacional alcançou resultados superiores a 45%.

“França vê-se privada de uma maioria”

O presidente do RN assume que o seu partido “encarna, mais do que nunca, a única alternativa” à esquerda.

“Depois da queda do poder de compra, França vê-se privada de uma maioria que poderia agir para conseguir colocar a França no lugar que pertence”, garante.

“Tendo em conta a política que vai ser aplicada nos próximos meses”, Bardella considera que “nenhuma das preocupações dos franceses” vai ser atendida, pelo que a União Nacional “incarna a única alternância perante o partido único”.

A Nova Frente Popular, aliança de esquerda, venceu as eleições legislativas francesas, à frente da coligação do Presidente Emmanuel Macron e da extrema-direita, segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas.

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