Quinta-feira, Outubro 31

A greve da função pública fechou escolas e deixou serviços de saúde a funcionar a meio gás. O sindicato garante que houve uma adesão quase total.

Muitos professores vieram dar aulas, mas com esta mensagem não havia margem para dúvidas. Avisados através de grupos de whatsapp, a maioria dos alunos e pais nem se fez ao caminho para a escola. 

Na EB2/3 de Matosinhos já perderam a conta às greves desde o arranque do ano letivo. Esta quinta-feira o protesto é dos trabalhadores da administração pública. Os pais da Escola Básica João de Deus, no Porto, também tiveram de arranjar um plano B porque os portões não abriram.

Já neste centro de saúde, muitos doentes foram apanhados de surpresa: “vinha fazer um curativo, fui operado,  e disseram-me que em princípio hoje está em greve, então só terça-feira. Segunda é greve, amanhã é feriado. (…) Eu fui operado, não sei como é que tenho isto”, conta um utente que não teve consulta. 

O Sindicato que convocou a greve exige aumentos salariais de 7,5%, a valorização das carreiras e a criação de um cartão de alimentação com um valor diário de 10 euros, livre de impostos.

“Queremos aumentos salariais dignos que nos tragam alguma recuperação em relação a salários perdidos , que possamos com ele fazer face à inflação, a criação da carreira do auxiliar de ação educativa, a negociação dos rácios, neste caso contratação de pessoal”, explica Mário Pires, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos

Durante o mês de outubro houve greves do pessoal não docente, dos trabalhadores das cantinas e um protesto da Frente Comum. Para os funcionários da administração pública estão marcados dois dias de greve. 

“Será hoje, dia 31, e dia 4. Será uma greve no mês de outubro e outra no mês de novembro. A ideia de ser junto ao final de semana é para haver maior adesão “, diz Mário Pires.   

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos garante que a adesão à greve rondou os 90% e afetou sobretudo os setores da educação e da saúde. Os protestos vão continuar. Segunda feira volta a ser dia de greve da função pública e a 9 de novembro há uma manifestação da CGTP.

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