Sexta-feira, Setembro 20

A empresa, Miamex Ventures Limited, foi fechada em 2020

António Mexia, antigo presidente executivo da EDP escolheu as Ilhas Virgens Britânicas para acumular parte da sua fortuna. Mais propiamente seis milhões de euros numa empresa chamada Miamex Ventures Limited, que decidiu encerrar em 2020. A informação é divulgada pelo semanário Expresso.

Segundo escreve o Expresso, entre 2014 e 2019, António Mexia acumulou seis milhões de dólares em nome da Miamex Ventures. A conta era gerida por Bernardo d’Orey, um gestor financeiro português, vice-presidente da EFG Capital. Curiosamente a EFG tinha escritório no mesmo edifício que foi sede do BES em Miami, nos Estados Unidos.

Esta podia ter sido uma descoberta feita em 2021, quando a investigação do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação), conhecida como Pandora Papers, revelou milhares de documentos e nomes de clientes de todo o mundo, incluindo Portugal. Mas nessa lista nunca foi encontrado no nome de António Mexia.

De acordo com o Expresso faltava um nome que permitia revelar o beneficiário final da Miamex Ventures Limited. Um documento que surgiu agora, numa nova fuga de informação obtida na Suíça pelo ICIJ, e que expõe o seu nome. Esta nova fuga teve sua origem Boreal Capital Management, empresa de gestão de fortunas e serviços fiduciários em Zurique.

Recorde-se que António Mexia é arguido desde 2017 numa investigação do Ministério Público que suspeita de corrupção e outros crimes financeiros enquanto foi presidente executivo da EDP. O jornal Expesso tentou obter uma reação, através do advogado do antigo presidente executivo da EDP, mas ficou sem resposta.

 

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