Sábado, Outubro 26

André Ventura diz que o querem prender, depois de o Ministério Público ter aberto um processo contra o líder do Chega e outros dois membros do partido por incitamento ao ódio. Na marcha deste sábado em defesa da polícia, André Ventura prometeu uma “revolução”.

André Ventura afirmou este sábado que o querem prender e que, aconteça o que acontecer, o seu partido fará “a revolução” para pôr fim ao “sistema dos últimos 50 anos”.

Foi o discurso do líder do Chega este sábado em frente à Assembleia da República e no fim de uma manifestação de apoio à polícia.

“É a revolução, a verdadeira revolução que nós queremos fazer em Portugal. Não há prisão que pare essa revolução, porque para prender a um eles terão de nos prender a todos e terão de nos pôr a todos na cadeia, a todos, a todos na cadeia”, disse.

Já no início do protesto, Ventura afirmou que o querem prender: “Nós temos um conjunto de vândalos a destruir o país todas as noites. Se quem acabar por ir para a prisão for eu, está tudo errado neste país, está tudo errado na democracia, está tudo errado no Estado de direito que defendemos.”

“Em todo o caso, vocês conhecem-me, eu penso que o país me conhece também, eu nunca na minha vida, nunca, fugi à minha responsabilidade”, acrescentou.

Recorde-se que a Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito a declarações de André Ventura e de Pedro Pinto e que há também um grupo de cidadãos a preparar uma queixa-crime.

“Não há ninguém, nenhum poder neste Estado nem nesta República, que nos parará. Ninguém parará este movimento. Nós somos a única salvação, a última salvação para Portugal”, declarou este sábado.

O presidente do Chega colocou o seu partido como estando fora da “classe política” e opondo-se ao “sistema dos últimos 50 anos” de democracia em Portugal: “Eles têm 50 anos do lado deles, nós temos a revolução do nosso lado, nós somos os novos, nós somos os inovadores, nós somos o espírito novo deste século, nós somos a novidade, nós somos a revolução, nós somos a transformação.”

A manifestação do Chega foi convocada no mesmo dia da manifestação em homenagem a Odair Moniz, homem que morreu baleado pela PSP na segunda-feira na Cova da Moura, na Amadora.

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