Quinta-feira, Dezembro 12

“Ninguém gosta de pagar portagens”, começou por dizer Carina Oliveira, alertando, no entanto, que “sempre que um contrato com o Estado é alterado unilateralmente, as coisas não correm bem para o erário público”.

O ex-deputado foi ouvido na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, depois de ter sido nomeado pelo Governo como vogal do Conselho de Administração da AMT e depois de obter parecer positivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). .

Este alerta foi deixado após uma pergunta do deputado social-democrata Marco Claudino, sobre a sua posição relativamente ao fim do pagamento de portagens nas ex-SCUT do interior do país e na Via do Infante, a partir de 1 de Janeiro, sob proposta do PS, aprovado no parlamento.

Numa audiência parlamentar em junho, a presidente da AMT, Ana Paula Vitorino, manifestou-se contra a medida.

Carina Oliveira destacou que mesmo isentando o utilizador do pagamento, “há sempre um pagamento inerente” à utilização da infraestrutura.

“Os contratos que temos em cima da mesa podem não ser desejáveis, mas têm uma história, têm uma circunstância”, apontou, considerando que o regulador deve ter uma visão de ‘o que fazer com o que temos?’.

O deputado socialista José Carlos Barbosa destacou a “preocupação com as concessionárias” demonstrada pelo nomeado e rebateu que o PS está “mais preocupado com as pessoas”.

Pelo Chega, o deputado Carlos Barbosa acusou o deputado Marco Claudino, de Torres Vedras, de falar “de boca cheia”, uma vez que a sua região “é servida de bastantes transportes públicos”, ao contrário de outras como a Guarda ou a Covilhã.

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