Terça-feira, Outubro 22

Quando se fala de segurança ferroviária, o Reino Unido é uma das maiores referências mundiais. O país tem em mãos a construção do maior projeto de infraestruturas na Europa: a nova linha de alta velocidade que vai ligar Londres a Birmingham. A SIC acompanhou em exclusivo uma visita às obras de construção.

Especialistas portugueses foram a Londres observar e tirar notas das obras de construção daquela que vai ser a maior estação de comboios do Reino Unido e que terá um papel central na linha de alta velocidade que vai ligar Londres a Birmingham. O objetivo foi estudar formas de ultrapassar desafios na construção da linha de alta velocidade em Portugal.

“Desde logo conseguimos perceber a segurança, em todas as fases do projeto – no planeamento, no projeto, na execução, na obra, na operação, na manutenção. A segurança é um dos valores e é uma prioridade máxima”, nota Amélia Areias, especialista da Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária, que visitou a obra.

“Este é assim o projeto maior que está perto de Portugal, neste momento, nesta fase de execução. Estão a tomar decisões que são muito relevantes para o futuro”, comenta.

Catorze linhas e 250 mil passageiros por dia

A estação de Old Oak Common, na zona oeste de Londres, vai ser a imagem de marca da alta velocidade em Inglaterra. Será a maior do país, com 14 linhas e centenas de milhares de passageiros por dia.

“Demoraram três anos a fazer a escavação, 300 piscinas olímpicas de solo foi retirado”, refere Amélia Areias. “Nesta estação, eles esperam ter 250 mil passageiros por dia. É uma dimensão muito impressionante.”

A visita da delegação portuguesa permitiu perceber as escolhas e as decisões tomadas pelos britânicos, ao nível da segurança ferroviária. Um conceito que vai muito além da sinalética.

“É a segurança dos passageiros, das pessoas que trabalham na ferrovia e também das pessoas que vivem e utilizam o entorno ferroviário, que vivem, trabalham e vão à escola perto de linhas ferroviárias”, explica.

A Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária tem também em curso outros tipos de colaboração internacional. Uma interação que inclui a partilha de boas práticas, e ações no terreno, com entidades de outros países.

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