Segunda-feira, Janeiro 6

“Não sou contra esta medida [abolition of tolls on highways in the Interior and Algarve known as ex-Scut]. Sou contra que a mesma bitola não seja utilizada para uma parte importante do interior do Alentejo”.

Falando sobre o fim das portagens no antigo Scut, em vigor desde quarta-feira, José Manuel Santos disse ver “com desagrado” que haja “tratamento desigual” do Alentejo, numa zona que “afeta a competitividade turística dos territórios do interior ”.

Por um lado, destacou, a abolição das portagens nas autoestradas vai “na direção certa”, pois constitui “um estímulo e um incentivo à circulação de pessoas, incluindo turistas, para os territórios do interior, particularmente Norte e Centro ”.

“Mas, por outro lado, há um tratamento desigual dado aos territórios do Alentejo Central e um pouco do Alto Alentejo, que são atravessados ​​pela autoestrada A6, onde até vemos que há um aumento do custo das portagens”, ele destacou.

Segundo o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, o preço das portagens para veículos ligeiros no troço Marateca – Caia da A6 aumentou, na quarta-feira, 35 cêntimos.

“Pode dizer-se que é um ligeiro aumento de 35 cêntimos para quem viaja no troço Marateca – Caia, mas não é um estímulo” para os turistas se deslocarem para a região, destacou, insistindo na ideia de que esta diferença é injusto.

Salientando que “o turista nacional é um cliente mais sensível ao fator preço”, o responsável alertou que a manutenção da portagem na A6 e mesmo o aumento do preço “não ajuda a competitividade turística do Alentejo, essencialmente para o mercado interno”.

“Queremos que o Alentejo seja um destino de férias para todos aqueles que queiram vir usufruir da hospitalidade, qualidade e diversidade dos nossos recursos e produtos turísticos e preocupa-nos que haja medidas que vão no sentido de favorecer outras regiões do país”, ele acrescentou.

Foram abolidas as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

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