Sexta-feira, Março 21

O processo de notificação em relação aos pedidos de expressões de interesse, um recurso que permitiu a legalização de imigrantes que não tinham um visto de trabalho, já “enviou relatórios a entidades com inspeção e poderes de investigação criminal relacionados a mais de mil cidadãos estrangeiros registrados no mesmo endereço”, de acordo com a AIMA.

“A AIMA está realizando uma verificação exaustiva de todos os endereços declarados nesses processos e relatando continuamente às autoridades”, acrescentou a mesma fonte.

“Dado que um grande número de cidadãos estrangeiros indicou o mesmo endereço que seu local de residência, a AIMA tem o dever de relatar esse fato às entidades competentes”, a agência justificou ainda mais.

Nas últimas semanas, houve notícias sobre muitos casos de endereços onde dezenas de pessoas estão registradas.

Esses casos ficaram evidentes depois que a AIMA notificou “todos os mais de 440.000 cidadãos que registraram expressões de interesse e estavam aguardando uma resposta do estado por vários anos”.

“Desse total, cerca de 170 mil cidadãos estrangeiros não pagaram as taxas legalmente devidas para continuar com seu processo”, e é por isso que a AIMA enviou “, por carta registrada, um aviso de rescisão correspondente a cada um dos processos em questão, conforme exigido por lei”.

Assim, de acordo com a AIMA, “só agora é possível realizar essa análise e verificar a identidade dessas pessoas, bem como onde elas supostamente residem”.

A comunicação com as autoridades de casos envolvendo cidadãos estrangeiros com o mesmo discurso foi feita pela AIMA sob as instruções do governo, disse uma fonte da presidência do Conselho de Ministros à LUSA.

No início de fevereiro, o julgamento de uma suposta rede de assistência à imigração ilegal que operava em Penha de França, em Lisboa, com um endereço indicado por mais de 1.600 pessoas como sua residência, começou.

Os crimes em jogo incluem ajudar a imigração ilegal, falsificação de documentos, associação de ajudar a imigração ilegal e abuso de poder.

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