Domingo, Novembro 24

Dois dias depois de, num vídeo de 31 segundos repleto de imagens de celebração, o Manchester City anuncia que “a viagem continua” e Pep Guardiola revela que continuará no clube até 2027 – “Não me vou mudar. Posso garantir-lhe” -, o campeão inglês e o técnico viveram o pior momento desde que, a 1 de Julho de 2016, o catalão substituiu o comando dos “cidadãos”: a jogar em casa, o City foi goleado pelo Tottenham (4-0) na jornada 12 da Premier League e sofreu a quinta derrota consecutiva. Há 18 anos, que o clube de Manchester não sofria cinco derrotas consecutivas; em toda a carreira de treinador, Guardiola nunca teve passado por um ciclo tão negativo.

As explicações são várias e alguns dos problemas estão identificados, como as lesões de jogadores fundamentais (Ruben Dias e Rodri), mas, mais do que o ciclo surpreendente de resultados negativos, o que mais deve preocupar Guardiola é a forma como o City tem sido sucessivamente batido.

Cerca de um mês depois da derrota no Etihad Stadium o Southampton por um magro 1-0, o City soma nas cinco derrotas que sofreu um saldo de 4-14 em golos, revelando sempre uma enorme permissividade pelo corredor central.

Frente ao Tottenham, Guardiola colocou de início Bernardo Silva e Matheus Nunes, e, nos minutos iniciais, os “cidadãos”Até parece certo em inverter a má fase, mas James Maddison colocou a equipe de Manchester no tapete, com dois gols em sete minutos (13′ e 20′).

A partir daí, voltou a ver-se um City irreconhecível, e, com problemas a mais e soluções a menos do lado da equipa de Guardiola, o Tottenham aproveitou para chegar à goleada, com golos na segunda parte de Pedro Porro (52′) e Brennan Johnson (90’+3′). Com nova derrota, o campeão inglês pode terminar a rodada 12 a oito pontos do Liverpool e, dentro de uma semana, jogará com os “tintos”, em Anfield Road.

Se o City atravessa uma espiral de resultados negativos, o Chelsea já leva quatro jogos sem perder e já está um ponto da equipa de Guardiola. Com João Félix como titular, os “blues” viajaram até Leicester, onde conseguiram vencer, por 2-1: Nicolas Jackson e Enzo Fernández fizeram os golos dos londrinos.

O Arsenal, antes de defrontar na terça-feira em Alvalade o Sporting em mais uma jornada da Liga dos Campeões, colocou fim a um ciclo de três jogos sem vencer. Contra o Nottingham Forest de Nuno Espírito Santo, os “artilheiros”marcaram cedo, por Bukayo Saca, e nunca perderam o comando da partida: no tempo, com golos de dois suplentes (Thomas Partey e Ethan Nwaneri), o Arsenal fixou o 3-0 final.

Também em Londres, mas nas margens do Rio Tamisa, o Fulham de Marco Silva foi abordado pelo Wolverhampton. A equipa da periferia de Birmingham surgiu na capital inglesa com quatro portugueses no “onze” – José Sá, Toti, Nélson Semedo e Rodrigo Gomes -, e até esteve em desvantagens – Iwobi fez o golo do Fulham, aos 20′ -, mas antes do intervalo, Matheus Cunha restabeleceu o empate.

No segundo tempo, apesar da maior posse de bola da equipe londrina, os “lobos”foram eficazes e, com mais dois golos brasileiros – João Gomes e bis de Matheus Cunha – passaram para a frente. Já nos descontos, e pouco depois de ter entrado, Gonçalo Guedes fechou em 4-1 a vitória do Wolverhampton.

Em Itália, o AC Milan de Paulo Fonseca recebeu a Juventus de Thiago Motta com dois portugueses titulares – Rafael Leão nos “rossonero”; Francisco Conceição nos “bianconeri” -, mas, após 90 minutos de um duelo equilibrado, não houve golos em San Siro. O nulo foi aproveitado pelo Inter que, na deslocação ao Verona, resolveu o jogo nos primeiros 41 minutos, período onde marcou os golos da goleada, por 5-0.

Finalmente, em Espanha, o Barcelona esteve a vencer até ao minuto 84 em Vigo por 2-0, mas não conseguiu regressar aos triunfos após a derrota na semana passada no País Basco frente à Real Sociedad. Com golos aos 84′ e 86′, o Celta fez os catalães perderem mais dois pontos.

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