Sexta-feira, Outubro 11

Os Açores detém uma das maiores concentrações de bandas filarmónicas do mundo, uma tradição que remonta ao século 19 e que contribui para a formação da identidade do povo açoriano. “A Ver a Banda Passar” é a Grande Reportagem desta quinta-feira.

Há uma rica tradição de bandas filarmónicas nos Açores, que possuem uma das maiores concentrações deste tipo de grupo musical no mundo, com 95 bandas espalhadas pelo arquipélago. Com raízes que remontam ao século IXX, as bandas filarmónicas são parte fundamental da identidade cultural açoriana, sendo um espaço de convivência, aprendizagem e comunidade, que funciona quase como uma segunda família.

Historicamente compostas apenas por homens, as filarmónicas dos Açores têm atraído cada vez mais mulheres, que agora ocupam espaços de destaque. Um exemplo disso é Goretti Martins, maestrina da Banda Triunfo e trompista de Mirandela que, nos últimos 18 anos, tem formado jovens músicos na Ribeira Grande, em São Miguel. A Banda Filarmónica Triunfo, com 178 anos de existência, é agora liderada por uma mulher, sinal de transformação.

Apesar da sua natureza comunitária e cultural, as filarmónicas dos Açores também carregam rivalidades históricas, muitas vezes entre bandas de diferentes localidades, rivalidades que o tempo não apagou. No entanto, a crescente presença feminina tem trazido uma nova sensibilidade à música e à dinâmica dessas formações.

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