Segunda-feira, Janeiro 13

Em Maio de 2024, vimo-lo a Dançar na pista de choro e agora Rui Garcia da Costa está de volta com a sua Galeria Incerteza para nos dar o EP que integra esse tema e mais quatro: Mergulho lento, Como plantas, Quero poço e Milénioque se estreia esta segunda-feira, junto com o EP, em single e videoclipe. Nascido no Porto, em 1997, Rui deu os primeiros passos musicais a partir de 2013, em bandas punk (Mukipus, Super Gorila), além de compor para uma banda punk para crianças criadas com amigos, a Panktufa. Um solo, começou por apresentar-se como Oh Me, lançando dois EP (Por Tudo o Que Caiu do Céu2020; e Olho Verde2023) e um álbum (Império de Sabão2022), passando depois a apresentar-se como Galeria Incerteza.

O EP agora editado, a que deu o título de Mistério Alt.é por ele apresentado desta forma: “Mistério Alt. é a demonstração perfeita do que é andar aqui sem saber o que isto é. Baseado numa série de pesadelos, são perguntas berradas em plenos pulmões para o vazio e a sentir só o buraco a aumentar. O gênero é Lacrimodance e as músicas são 5, vagando entre melancolia e uma felicidade culposa, chega para mexer e brincar com as coisas que emparelham dentro da cabeça. Foi gravado em Vila Nova de Foz Côa e é sobretudo fruto de lágrimas de garagem. Feito durante a primavera e o verão de 2024, entre noites que parecem não acabar, frustração, inconsciência, fissuras e vontade de provar que há coisas para fazer até quando não nos apetece fazer nada.”

Quanto a Milénioainda segundo Rui Costa, citado no texto que acompanha o lançamento, “fala de uma distopia bem presente na qual já não se sofre da mesma forma, está tudo comprimido numa pequena invenção falhada que dá luz e que vive colada à nossa perna. Se a solidão já era algo que assolava a quem está vivo, agora bate de forma diferente, é uma solidão cheia de caras e vídeos de animais, que no final do dia não nos aquecem, só nos tornam mais frios.” Com “uma sonoridade de um synth-pop mal-amanhado e bastante visual”, Milénio retrata “o sufoco de não saber viver num mundo em que tudo parece avançar a passo acelerado menos as relações humanas, que parece só estar a correr sofregamente, mas para o lado contrário do que as nutre”. Produzido e interpretado por Rui Costa, foi “gravado na totalidade em casa” e masterizado por José Caldas. O videoclipe é do próprio Rui Garcia da Costa e de Ricardo Pesqueira.

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