Foi curta a permanência de quem Frederico Varandas, presidente do Sporting, vaticinou, no momento da apresentação como substituto de Ruben Amorim, que “dentro de quatro ou cinco anos” estaria a treinar “num dos clubes mais poderosos da Europa”. Se assim for, não será pelo trabalho que realizou no Sporting.
Segundo o PÚBLICO conseguiu apurar junto de fonte próxima do futebol “leonino”, ainda decorrem negociações para finalizar a contratação do novo treinador sportinguista que, de acordo com a imprensa desportiva, deverá ser Rui Borges.
O actual técnico do Vitória de Guimarães está a realizar uma excelente temporada na “cidade berço” e, na hora em que o seu nome era apontado como futuro treinador sportinguista, estava prestes a começar um jogo para a I Liga, entre o Vitória e o Nacional .
Certo é que os responsáveis do Sporting têm alguma urgência na resolução do caso dado que dia 29 de Dezembro os “leões” recebem o Benfica, em jogo a contar para o campeonato.
Bastaram oito jogos – onde conseguiu apenas três vitórias (uma delas após prolongamento e outra frente a um adversário do escalonamento de quarto), um empate e quatro derrotas – para João Pereira perder primeiro a confiança dos adeptos e, por fim, da direção “leonina” .
A estreia de João Pereira como treinador principal do Sporting com uma goleada por 6-0 ao Amarante, na partida a contar para a Taça de Portugal, deu a entender que os prognósticos de Frederico Varandas em relação ao, até esse momento, treinador da equipa B “leonina”, talvez possa tornar-se em realidade. Mas faltava a “prova dos nove”, contra um adversário de outro grau de dificuldade. E foi aí que as coisas começaram a não funcionar.
Arsenal (1-5), para a Liga dos Campeões, Santa Casa (0-1) e Moreirense (1-2), para o campeonato, e Club Brugge (1-2), novamente em jogo a contar para a Champions, redundaram em quatro derrotas consecutivas. Mas, talvez mais do que os desejos, foram as exibições da equipe que deixou muitas dúvidas em relação ao que o futuro poderia proporcionar.
A vitória caseira com o Boavista (3-2), no jogo da I Liga, não foi suficiente para dissipar a desconfiança dos adeptos, muito menos o triunfo contra o Santa Clara (2-1), na partida dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, que só chegou no prolongamento.
A “gota de água” que fez transbordar o copo foi o empate a zero, neste domingo, no terreno do Gil Vicente, que deixou a equipa do Sporting à mercê do que o Benfica conseguisse nesta segunda-feira, no Estádio da Luz, contra o Estoril. Em caso de triunfo “encarnado”, os sportinguistas perderam a liderança do campeonato apenas quatro jornadas depois da despedida de Ruben Amorim – tinham na altura cinco pontos de avanço sobre os rivais lisboetas.
Rui Borges, o homem de quem se fala
O nome que surge como mais provável para substituir João Pereira é o de Rui Borges. A confirmar-se, o Sporting teria de compensar o Vitória de Guimarães em quatro milhões de euros, valor da cláusula de rescisão do próprio técnico dos vitorianos.
O desempenho do Vitória na Liga Conferência, provou em que somou quatro triunfos em seis encontros e já garantiu a qualificação para os oitavos-de-final, é o principal cartão-de-visita de Rui Borges, mas não só. O técnico tem orientado uma equipa que está a realizar um bom campeonato (ocupa a sexta posição da tabela) mantém-se em prova na Taça de Portugal e, talvez mais importante para os sportinguistas neste momento, “vendeu muito cara a derrota” contra o O Benfica, num jogo para a I Liga em que saiu derrotado da Luz por um curto 1-0.
